A futura Escola-Hotel do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave resultará da reabilitação da antiga Quinta do Costeado, na Cruz de Pedra.
Segundo avançado pela Câmara Municipal de Guimarães, o autarca do município, Domingos Bragança, solicitou uma apresentação síntese do projeto de obra da futura Escola-Hotel do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA). Com início de execução até ao final do ano, prevê-se um investimento superior a cinco milhões de euros.
Desta forma, tornou-se conhecido que a Casa Senhorial da antiga Quinta do Costeado, na Cruz de Pedra, será recuperada. O espaço contará com um conjunto de quartos para albergar hóspedes e terá como objetivo a colocação em prática dos conhecimentos adquiridos durante os cursos que serão ministrados pelo IPCA no local.
A reunião de Câmara contou com a presença de todos os vereadores do munícipe e da presidente e do vice-presidente da academia, Maria José Fernandes e Agostinho Silva, respetivamente.
Maria José Fernandes explicitou os objetivos do projeto. “O nosso compromisso é fazer da Escola-Hotel uma escola de referência a nível internacional. Teremos uma oferta ao nível das licenciaturas, mestrados, cursos técnico-profissionais e, futuramente, doutoramentos, num projeto educativo que poderá trazer para Guimarães um número próximo dos 1.500 alunos”.
Por sua vez, Domingos Bragança revelou que o investimento será elevado. Contudo, “dará corpo a um projeto estratégico para Guimarães e para a região, e será uma enorme mais-valia para a rede de restaurantes e hotéis da região Norte do país”.
Para além disso, referiu que o projeto é visto como “fundamental para a ciência e conhecimento, atuando em áreas como a nutrição, turismo, restauração e hotelaria”. Acrescentou também que corresponde a um “projeto de reabilitação urbana em curso, pois acrescenta cidade à cidade e dialogará com a sua envolvente, nomeadamente com os fornos da Cruz de Pedra e com o projeto urbanístico da zona”.
O novo espaço terá cinco pisos, onde serão instaladas salas de aula, salas de professores, laboratórios, cozinha, cafetaria, cantina, auditório, serviços administrativos, entre outras. A Câmara Municipal de Guimarães sublinha, em especial, a instalação de uma cozinha com intuito pedagógico e a possibilidade de ligação à ciclovia e a percursos pedonais, bem como a utilização de uma área ao ar livre para a realização de eventos.
Apesar de não existir, de momento, um valor final para o projeto, Domingos Bragança estima um valor superior a cinco milhões de euros. Para além disso, revela que, “se tudo correr sem percalços”, espera-se que o lançamento a concurso da obra possa avançar nestes primeiros meses de 2021 e que a sua execução comece até ao final do ano.