O projeto foi criado em 2019, mas devido à pandemia sofreu uma adaptação.

“Há Cultura | Cultura para todos”, elaborado pelo município de Vila Nova de Famalicão, foi apresentado quinta-feira, dia 21, em conferência de imprensa online. A descentralização cultural e a procura de novos talentos e ideias são os principais objetivos da iniciativa.

Até ao fim do ano, 14 entidades artísticas vão promover um conjunto de ações culturais desenvolvidas com a comunidade famalicense. Todas as atividades visam o mesmo objetivo – a inclusão da população – e recorrem à arte para o atingir. Destacam-se a arte urbana, o circo, o teatro, a música, a dança, as artes performativas e os laboratórios.

Segundo Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal de Famalicão, este é “um projeto muito ambicioso que pretende, mais do que proporcionar o acesso e fruição da cultura, envolver a comunidade na criação e promoção de eventos culturais”.

Para além da inclusão social, o programa oferece também a oportunidade para melhorar a empregabilidade, visto que potencia parcerias de caráter inovador ou experimental. Estas envolvem uma ampla gama de entidades, que desenvolvem competências pessoais, sociais e profissionais, em especial, de desempregados – aqueles com desvantagens no acesso ao mercado de trabalho.

As várias ações de inclusão social dividem-se em três tipos de iniciativa. A primeira refere-se à dinamização de práticas artísticas com grupos vulneráveis e com a comunidade, em regime de cocriação e envolve arte urbana, teatro musical, dança contemporânea, vídeo, cruzamento disciplinar e circo contemporâneo.

O desenvolvimento de ações com vista ao favorecimento de atitudes e capacidades de aprendizagem básicas, profissionais, sociais e pessoais, junto de grupos vulneráveis é outro dos pontos de ação na inclusão social. A promoção do desenvolvimento de capacidades básicas de aprendizagem, através da música, junto de crianças portadoras de deficiência é também uma parte integrante em tais ações.

O investimento ronda os 310 mil euros, mas não parte todo da autarquia local – conta com uma comparticipação na ordem de 260 mil euros, por parte da “Norte 2020”, através do Fundo Social Europeu (FSE). Todavia, segundo Paulo Cunha, a verba é justificável, uma vez que “com este projeto estamos não só a formar públicos, mas a formar agentes culturais e mesmo artistas”.