O novo álbum de Eminem, Music To Be Murdered By – Side B foi lançado no dia 18 de dezembro, para entusiasmo e espanto do público. É a continuação do que já tinha lançado em janeiro de 2020, com 16 faixas inéditas. Chega menos de dois anos após Kamikaze, lançado em 2018 — o disco também foi lançado de surpresa.

Novo álbum, mas volta a criticar o Mumble-rap, em “Favorite Bitch”, onde o hip hop dos anos 90 é cantado, e que tem um ataque contra os rappers que usam ghostwriters. O que, a meu ver, é ousado e sem sentido, dada a participação de Dr. Dre, o mais famoso usuário de ghostwriters no ramo. Uma das músicas menos apelativas.

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As faixas de eleição do álbum são “These Demons” e “Zeus”. Principalmente por retratarem um dos temas que tem e deve ser debatido: “black lives matter”. Eminem ganha ainda mais respeito e valor por trazer às suas composições assuntos tão importantes. Esta preocupação é o ponto alto do álbum. Na faixa “Gnat”, faz referência ao coronavírus, comparando mesmo as próprias rimas ao vírus.

Já “Guns Blazing” desiludiu. O destaque da música toda foi o som da bateria, bem interpretado. Assim como a “Key” e “Alfred’s Theme”, músicas que menos me impressionaram pela falta de criatividade e que acabaram por cair no comum. Em oposição, “She Loves Me” é das mais impressionantes. Com um cunho muito pessoal, o cantor revela mais uma vez o seu lado artístico, mostrando-nos o seu lado mais emocional.

A parceria com Ty Dolla $ign, de DJ Premier na música “Book of Rhymes”, assim como de Skylar Grey em “Black Magic”, revelam ser as maiores surpresas para os ouvintes. Eminem consegue juntar entidades do hip hop para enriquecer o álbum e sem dúvida que foi bem concretizado. Tornam-se, assim, músicas mais apelativas.

Um álbum que toca cada fã, com músicas de temas tão variados que chegam a nós de uma forma genuína e especial. Eminem, a meu ver, não desilude nas músicas que faz e no que representa para o mundo musical.