Este fundo social de emergência serve como apoio a estudantes em dificuldades económicas.
No mandato do ano letivo anterior, o Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho (NEMUM) doou 1.500€ ao fundo social de emergência da Alumni Medicina, que visa o apoio a estudantes com dificuldades económicas. Em conversa com o ComUM, o ex-presidente do núcleo, José Diogo Soares, explicou melhor a doação.
O fundo social de emergência da Alumni Medicina foi criado há cerca de 3 anos, segundo José Diogo Soares. “Nós devemos, obviamente, promover a igualdade de oportunidades entre todos independentemente da nossa situação socioeconómica. Qualquer estudante pode recorrer de forma anónima, exatamente para não ter qualquer problema em caso de necessidade”, explica o ex-presidente do NEMUM. “Na pandemia foram 3 os estudantes que recorreram. O fundo apoia o pagamento de propinas, de alojamento e, ainda, foi utilizado no apoio informático”.
José Diogo Soares adverte que o objetivo “é que seja cada vez mais divulgado”. “A pandemia está inerente a estas dificuldades económicas que estamos a enfrentar e vem aí tempos cada vez piores”.
Para além desta doação, o NEMUM costuma fazer doações para a Cruz Vermelha, algumas associações de voluntariado e apoiam alguns projetos da REFOOD. “Mesmo com esta situação pandémica e todos os obstáculos que nos apareceram, terminamos o mandato com saldo positivo e, por isso, não vimos outra opção senão apoiar este fundo para promover a igualdade de oportunidades”, afirma o estudante.
“Terminamos o mandato com saldo positivo e, por isso, não vimos outra opção senão apoiar este fundo para promover a igualdade de oportunidades”
José Diogo Soares
José Diogo Soares acredita haver uma perceção que os estudantes de Medicina e os médicos pertencem a uma classe social superior e que têm mais possibilidades económicas. “As dificuldades dos estudantes de Medicina são exatamente as mesmas que qualquer outro português comum. Estes estudantes também têm muitas dificuldades”, esclarece.
“Este fundo deve ser divulgado cada vez mais e deve ser um exemplo para outros cursos, porque, obviamente, as dificuldades não estão só em Medicina. Deixo aqui o apelo para os estudantes de Medicina que tenham dificuldades: não tenham mesmo medo nem vergonha de recorrer a este fundo porque é para isso mesmo ele existe”, termina o ex-presidente do NEMUM.