O reitor justificou a espera na construção do centro com a falta de financiamento externo.

O Centro de Multimédia é um projeto do Instituto de Ciências Sociais (ICS) que espera aprovação há 20 anos. Na sequência da reportagem do ComUM sobre o Centro de Multimédia, o reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, prestou declarações sobre o assunto.

O reitor da UMinho afirmou, em 2019, que o projeto do Centro de Multimédia estaria pronto em 2021, porém ainda nem foi iniciado. “A Universidade tem vários projetos e define um plano para os mesmos, e a concretização desses projetos depende de um fator: da existência de linhas de financiamento que permitam a sua mobilização para corresponder àquilo que são as intenções da Universidade”, explica Rui Vieira de Castro. “Não dispondo de linhas de financiamento que permitam a construção do edificado de toda a Universidade, tem que recorrer a alternativas, nomeadamente através de mecenato, que permitam a requalificação dos seus espaços”.

Rui Vieira de Castro não questiona a relevância do Centro de Multimédia e admite estar inscrito como um projeto transversal institucional do plano de atividades para 2021. “Vai haver notícias sobre essa matéria muito brevemente. Nós sabemos que a qualidade da formação que oferecemos e a prestação de serviços à própria instituição estão muito dependentes da construção do Centro de Multimédia”, declara o reitor.

“Eu sei que este é um projeto que vem de trás, e é um projeto relevante, aquilo que importa é saber se nós temos a capacidade para encontrar as fontes de financiamento necessárias para o projeto que é, do ponto de vista infraestrutural, minucioso. Nós estamos a falar de à volta de 800/900 mil euros, portanto é um projeto exigente, quando olhamos para os fundos da Universidade”, justifica.

A infraestrutura científica da Universidade do Minho tem “configurações muito diferentes de área científica para área científica, porque também as exigências são diferentes e, uma vez mais, as possibilidades de financiamento são diferentes”. “As infraestruturas científicas são financiadas em Portugal através de programas próprios e, quando falamos delas, estamos a falar de equipamentos que, em certas áreas, necessitam de uma permanente renovação”, adiciona.

Rui Vieira de Castro termina advertindo que, do seu conhecimento, não existem problemas severos no que toca à infraestrutura científica na Universidade. “Uma vez mais é importante ter em perspetiva que a infraestrutura constrói-se em função de programas nacionais”, consolida.

Maria Carvalho e Mariana Festa