Lançado a 24 de outubro de 2003, Kill Bill – A Vingança (vol. 1) é o sexto filme dirigido por Quentin Tarantino. A obra cinematográfica é um dos melhores e mais icónicos filmes de ação de todos os tempos.

Tal como sugere o título, Kill Bill – A Vingança (vol. 1) conta-nos a história de vingança de uma mulher que quase foi assassinada. O seu objetivo é matar todos os membros do Esquadrão Assassino de Víboras Mortais, responsáveis pela sua quase morte.

A narrativa está dividida em cinco capítulos. Tal como é habitual nos filmes de Tarantino, a história não é contada por ordem cronológica. No entanto, o ritmo do filme é excelente passando rapidamente de uma cena para a outra sem aborrecer o espetador.

No que toca às atuações, cada ator foi perfeitamente escolhido para o seu papel. Todo o elenco apresenta incríveis performances. Destaco especialmente Uma Thurman, cuja versatilidade mostrou-se fulcral para apresentar a complexidade da Noiva, a personagem principal.

O argumento do filme é muito simples e direto ao assunto, com alguns momentos de humor aqui e ali. No entanto, o tom geral desta obra cinematográfica é tenso e sério.

Uma das cenas mais interessantes e inesperadas é a história de O-Ren Ishii, uma vez que é contada na forma de anime. No geral, senti falta de um maior aprofundamento da história da Noiva, a personagem principal.

No que toca à direção, a longa-metragem apresenta várias cenas memoráveis, com especial destaque para a cena de luta no restaurante japonês. Esta batalha entra a Noiva e os Crazy 88 é uma das cenas de ação mais icónicas de todos os tempos.

Podemos notar o uso de uma técnica pouco comum nestas cenas de luta. Em vez de utilizar o movimento da câmara, Tarentino usa cortes para criar a sensação de violência.

A fotografia de Kill Bill – A Vingança (vol. 1) destaca-se pelos tons fortes e coloridos, particularmente o uso do amarelo, azul e vermelho. Especial menção para uma das cenas de luta em que aparece um fundo azul e só se vê as silhuetas dos personagens. A única exceção aos tons coloridos são algumas cenas de flashback que são a preto e branco, nomeadamente a cena inicial.

A banda sonora destaca-se pelos seus temas originais que se tornaram famosos e passaram a ser usados em muitos outros filmes de ação. Daí surge uma certa familiaridade mesmo sem nunca ter visto este filme.

Concluindo, Kill Bill – A Vingança (vol. 1) é um dos filmes de ação mais icónicos de todos os tempos. Desde a história que capta a atenção do espetador, às incríveis performances dos atores, às inovadoras técnicas de Tarantino, a uma fotografia lindíssima e a uma banda sonora que perdura até aos dias de hoje. Sem dúvida uma obra cinematográfica imperdível.