Com esta vitória, a Ordem oferece ajuda à equipa responsável pelo plano de vacinação na luta contra o coronavírus.
A Ordem dos Enfermeiros (OE) declarou que os estudantes de enfermagem, em ensino clínico, vão passar a ser um grupo prioritário na vacinação contra a Covid-19, por estarem expostos aos mesmos riscos dos restantes profissionais de saúde. Contudo, mais falhas e abusos aos seus profissionais não serão permitidos.
A garantia foi dada à Ordem pelo novo coordenador da “task-force” para o plano de vacinação contra o SARS-CoV-2, vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, que se reuniu com a bastonária, Ana Rita Cavaco, e o vice-presidente, Luís Barreira.
Para além dos apelos da OE, os pré-enfermeiros conseguem direito à vacina por uma petição lançada no final de janeiro. No documento, que reunia mais de 16 mil assinaturas, está presente o sentimento de injustiça dos estudantes. Os queixosos afirmam que estão presentes na prestação de cuidados, em meio hospitalar ou comunitário, e por isso, estão expostos aos mesmos riscos e contactos que os profissionais de saúde.
Estas questões levaram a Ordem a escrever à ministra da saúde, Marta Temido, e ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, marcando depois a reunião que resolveria o problema. No mesmo encontro, ficou decidido que a responsabilidade de reunir informação sobre os enfermeiros que ainda não foram vacinados – nomeadamente do setor privado e profissionais liberais – fica ao encargo da OE. No entanto, no Serviço Nacional de Saúde (SNS), como a vacinação de enfermeiros dos cuidados de saúde primários vacinados tem sido residual, foi marcada nova reunião.
Quanto à vacinação nas farmácias, a associação pública profissional que congrega todos os profissionais de enfermagem que trabalham em Portugal, continua a reiterar que qualquer profissional, que não seja nem enfermeiro nem médico, deve ser afastado do processo de vacinação. A Ordem manifestou toda a sua disponibilidade para colaborar com a “task-force”, afirmando no comunicado enviado ao Presidente da República, que faz “votos de que esta mudança na coordenação corresponda também a uma mudança no decurso do processo, até aqui pautado por falhas e abusos que a OE espera que não se repetirão”.