Marcelo Rebelo de Sousa: “Temos de manter o estado de emergência”
O décimo primeiro decreto do estado de emergência vai durar até dia 1 de março em modos semelhantes ao anterior.
“Foram duas semanas difíceis, mas terminaram melhor do que haviam começado”, afirma o Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa falou ao país esta quinta-feira, após António Costa ter anunciado o prolongamento do confinamento. O novo decreto de estado de emergência vai durar mais 15 dias, com início no dia 15 de fevereiro.
Marcelo relembra que “começaram com números de infecções e mortos dos piores da Europa e do mundo. Pressão elevadíssima nas estruturas da saúde. Notícias pontuais de favoritismos nos desvios de vacinas”. Relativamente a este último assunto, o PR garantiu que aqueles que receberam a vacina indevidamente vão ser “punidos exemplarmente”.
A substituição do coordenador do Plano Nacional de Vacinação por um militar, defendida por Marcelo, valeu também uma referência no discurso. “Os portugueses compreenderam que sublinhar a essencial ajuda das nossas Forças Armadas, presentes desde Março de 2020, a pessoal da saúde e autarcas, é um trunfo no processo de vacinação”.
“Os portugueses finalmente compreenderam o mais importante: que o número de infectados por dia descia de mais de 15 ou 16 mil para entre dois e sete mil e o de mortos descia também. Isso, a manter-se, podia “dentro de um mês ou mês e meio reduzir a enorme pressão sobre as estruturas de saúde”, sublinhou.
O Presidente da República deixa o aviso de que “temos, até à Páscoa, que descer os infectados para menos de dois mil, para que os internamentos e os cuidados intensivos desçam dos mais de cinco mil e mais de 800 agora para perto de um quarto desses valores e descer também a propagação do vírus para números europeus”. Para isso, o estado de emergência deverá ser prolongado até essa altura.