O aniversário da UMinho foi pautado pela recordação de um ano letivo que funcionou à distância, mas também de feitos marcantes da instituição.

As celebrações do 47.º aniversário da Universidade do Minho ocorreram esta quarta-feira predominantemente online devido à Covid-19. Estiveram presentes no edifício da Reitoria o reitor Rui Vieira de Castro, o presidente da Associação Académica, Rui Oliveira, e o presidente do Conselho Geral, Luís Valente de Oliveira.

Apesar das dificuldades atravessadas no ano de 2020, o reitor da academia minhota assegura que “a Universidade pode e deve orgulhar-se”. No dia 10 de março, Rui Vieira de Castro tomou “a mais difícil decisão” enquanto reitor, que foi suspender a atividade presencial na Universidade do Minho. Esta data “marcou o início de um período crítico”, ao qual “a UMinho reagiu de forma madura”. Para além da ativação do Fundo Social de Emergência, oferecendo apoio informático, cooperou com a AAUM.

Relativamente ao início do ano letivo, o reitor revela os “melhores resultados de sempre”. A Universidade do Minho preencheu 98.4% das 3.155 vagas logo na primeira fase, e em 95% da oferta de cursos, a nota do último colocado foi superior ao ano transato. A investigação foi um tópico realçado no discurso do reitor que mostra que foram aprovados 112 novos projetos de investigação. Atualmente, “a Universidade tem hoje em curso cerca de 650 projetos”. No fim de 2020, a UMinho contabilizava um total de 2.400 trabalhores, que se distribuem por 1.300 docentes, 370 investigadores, e 720 técnicos administrativos.

“Foi um ano às avessas”, confessa Vieira de Castro. “A experiência dos últimos meses teve um impacto indescritível nos modos da Universidade se organizar e atuar. A transição digital vai afetar, muito mais depressa do que imaginaríamos há um ano, o funcionamento das universidades”. Da educação superior, a UM sempre teve “o entendimento de que nos seus objetivos e conteúdos, ela requer experiências que só as vivências dos campi universitários pode assegurar”. O reitor finaliza com a afirmação de que “todos contam, todos contamos”.

Por sua vez, Rui Oliveira afirma que “o Ensino Superior ainda não é capaz de acolher toda a gente que dele deseja frequentar”. Acrescenta que a UMinho tem de ser “uma Universidade de referência”, com uma “ligação permanente aos seus alunos”, “onde todos os que dela queiram fazer parte, o possam fazer”. Para o presidente da Associação Académica da Universidade do Minho. “tudo se resume a uma caminhada”. A UMinho representa “uma caminhada, ainda que relativamente curta, mas importante e determinada”. “É inegável o crescimento que tem conseguido ao longo dos últimos anos, mas são também inegáveis as dificuldades” no alojamento, na adaptação ao ensino não presencial, confessa Rui Oliveira. Finaliza o discurso assinalando que “são 47 anos da melhor academia do país”.

Também para Luís Valente Oliveira, presidente do Conselho Geral da UM, “é surpreendente ver como uma universidade que ainda não tem meio século produz profissionais perfeitamente inseridos nos parâmetros que caracterizam o nosso tempo”. Contudo, “só vencerão os que saírem com bases sólidas e adotarem uma perspetiva de evolução permanente alimentada pela descoberta de novos conhecimentos”. Relembrando os avanços na ciência comprovados pela produção de várias vacinas contra a Covid-19, Luís Valente Oliveira acredita que “a aposta na descoberta de novos conhecimentos e o estabelecimento de laços que unem no trabalho aqueles que vão forçando a abertura de novas fronteiras fazem parte da prática diária de quem trabalha nesta casa”. Para o presidente do Conselho Geral, o “segredo” do sucesso desta instituição é manter-se ligada “ao centro do mundo e a tudo quanto nele se passa”, sem se localizar numa grande cidade.

Para além destas intervenções, as celebrações do 47º aniversário da Universidade do Minho contaram com entregas de prémios de mérito a vários estudantes, um prémio de Mérito Científico ao docente da Escola de Engenharia, António Vicente, e o prémio de Professor Emérito ao docente do departamente de Engenharia Informática, José Esgalhado Valença. Ao longo do dia vão ser também publicados vídeos de testemunhos dos presidentes das Unidades Orgânicas.