A academia minhota destaca-se nas áreas das Ciências Exatas e da Engenharia, Ciências da Vida e da Saúde , Ciências Naturais e do Ambiente e Ciências Sociais e Humanidades.

A Fundação para a Ciência a Tecnologia (FCT) aprovou o financiamento para sete das oito candidaturas da Universidade do Minho ao estatuto de laboratório associado, em metade delas como coordenadora. Cinco das candidaturas foram avaliadas como Excelente, duas como Muito Bom, uma recebeu recomendação para recandidatura e dois laboratórios associados, com participação indireta da UMinho, foram renovados.

Segundo o vice-reitor para a Investigação, Eugénio Campos Ferreira, os resultados provisórios do concurso da FCT, “reforçam a aposta crescente da UMinho na investigação e reconhecem o trabalho contínuo dos seus membros e das suas redes de colaboração em múltiplas áreas”. A instituição minhota foi distinguida em laboratórios que se distriibuem pelas Ciências Exatas e da Engenharia (seis), Ciências da Vida e da Saúde (um), Ciências Naturais e do Ambiente (um) e Ciências Sociais e Humanidades (um).

A UMinho está então à frente do laboratório associado ICVS/3B’s (Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde/Grupo de Investigação em Biomateriais, Biomiméticos e Biodegradáveis). Participa ainda de forma indireta no INESC TEC (através do HASLab – Laboratório de Software Confiável) e no LIP – Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (através de um grupo do Centro de Física). Os três renovaram o seu estatuto.

Para além disso, aos três anteriores juntam-se agora mais seis. O Laboratório Associado em Tecnologia Bio/Química/Micro-Nano/Eletromecânica (AL4TECH) junta os conhecimentos do Centro de Engenharia Biológica (CEB) e do Centro de Investigação em Microssistemas Eletromecânicos (CMEMS). O último é totalmente baseado na Universidade do Minho, tal como o ICVS/3B’s. Por sua vez, o Laboratório Associado de Sistemas Inteligentes (LASI) é liderado pelo Centro Algoritmi e junta o Instituto de Polímeros e Compósitos (IPC), bem como outros 11 centros de investigação do país.

O Laboratório de Paisagens, Património e Território (Lab2PT) e o Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA) passam a fazer parte do Laboratório Associado para Investigação e Inovação em Património, Artes, Sustentabilidade e Território (IN2PAST), que agrega sete centros de I&D. Já o Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA), torna-se membro da ARINET – Rede de Infraestruturas em Investigação Aquática, com nove centros.

Por sua vez, o Instituto de Sustentabilidade e Inovação em Engenharia de Estruturas (ISISE) entra no Laboratório Associado para Produção Avançada e Sistemas Inteligentes (ARISE), com cinco entidades, e o Centro de Física torna-se num dos três parceiros do Laboratório de Física para Materiais e Tecnologias Emergentes (LaPMET). A candidatura que recebeu uma recomendação de ressubmissão a nova avaliação está ligada ao Laboratório de Comunicação e Sociedade: Culturas, Artes e Territórios (Communitas), liderado pelo Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS).

Os laboratórios associados, como revela o comunicado, “agregam uma ou várias unidades de investigação científica que se estabelecem para a prossecução de determinados objetivos de política científica e tecnológica nacional definidos pelo Governo”. Por isso, “devem assegurar uma dimensão de recursos humanos e infraestrutura científica que lhes permita, de forma sustentada, a promoção de carreiras científicas e técnicas para doutorados”. O estatuto dos mesmos é concedido por um período até dez anos, que pode ser renovado, mas sujeito a avaliações intercalares.

A nível nacional, a FCT distinguiu 40 candidaturas com uma verba global anual a rondar os 23,7 milhões de euros. A UMinho passa então a marcar presença em nove destes laboratórios associados.