A Week Away estreou no dia 26 de março, na Netflix. O novo musical original da plataforma conta a história de Will (Kevin Quinn), um jovem delinquente e problemático que é mandado para um campo de férias cristão, onde acaba por encontrar amor, amizade, fé e uma família.

O drama começa com uma cena onde Will foge à polícia, que facilmente o apanha e leva consigo. O espectador descobre que num espaço de seis anos, a personagem principal já passou por sete escolas e 22 casas, acabando sempre por ser expulso devido a maus comportamentos. Desta vez, a única opção possível é juntar-se a um campo de verão religioso. Ainda que relutante, acaba por aceitar ir, incentivado por George (Jahbril Cook).

George é um fã de longa data do campo de férias Aweegaway (a week away) e voluntaria-se para ajudar Will a integrar-se, dizendo que fará o papel de Yoda. À medida que a amizade entre os dois vai crescendo, Will apaixona-se por Avery (Bailee Madison) e George pela melhor amiga desta. Como em qualquer produção Netflix, ambos os casais têm um final feliz.

Tudo no musical faz lembrar os clássicos do Disney Channel, particularmente o Camp Rock (2008). A história não é inovadora nem inesquecível, estando longe de possuir o fator “uau”. O plot é extremamente previsível e cada cena que passa provoca a sensação de já termos visto aquilo antes. Acontece o mesmo com os números musicais, onde as canções não se destacam nem passam da mediocridade. No geral, A Week Away não traz nada de novo à mesa e não compensa a hora e meia perdida.

O guarda-roupa, ainda que simples, é adequado à narrativa. No entanto, nenhuma personagem se destaca pela aparência. Ninguém usa maquilhagem e a roupa acaba por ser partilhada por todos os participantes. Todos usam a camisola do campo, pelo que ninguém se sobressai. Acontece o mesmo com a performance dos atores: ninguém oferece uma atuação brilhante, mas a verdade é que o filme também não o pede. Além disso, os protagonistas são simples e longe de profundos.

O argumento também não é merecedor de grandes elogios. A narrativa é repetitiva e a história desenrola-se de maneira lenta e facilmente calculável. Não há nenhuma cena que se destaque e a verdade é que muitas das falas de Will parecem forçadas e pouco naturais.

A Week Away perde-se no meio da grande lista de filmes disponibilizados pela Netflix, ao deixar-se ficar pelo que já conhecemos. Assim, não impressiona e, no fundo, não passa de mais do mesmo.