Ginny e Georgia estreou na Netflix em fevereiro de 2021. A obra cinematográfica é o tipo de série que não esconde o drama e os momentos engraçados, apesar de estar restringida a um público com mais de 16 anos.

Georgia Miller, de 30 anos, muda-se com os seus dois filhos, Ginny Miller, de 15 anos, e Austin Miller, de 8 anos. À procura de uma vida normal e melhor, os três mudam-se para Wellsbury, Massachusetts, uma cidade pacata, na esperança de que o passado ficasse enterrado junto com as suas vidas de outrora.

Nos diferentes episódios abordam-se temas como as complicações na adolescência, conflito intergeracional, crises de indentidade, racismo, bullying, entre outros. Ginny e Georgia possui uma boa quantidade de plot twists. Dispõe também de segredos e escândalos capazes de manterem os espectadores atentos a um drama bastante fácil de assistir.

Na série há uma grande variedade de personagens de diferentes faixas etárias, especialmente da idade de Ginny e Georgia. Todos os elementos do elenco apresentam uma personalidade que sobressai, incluindo as personagens secundárias. Estas não assistem apenas ao resto do drama que envolve as principais, mas também possuem carácter crítico e assumem a sua presença na série. Podemos sublinhar, para além de Ginny (Antonia Gentry) e Georgia (Brianne Howey), as personagens Austin Miller (Diesel La Torraca), Marcus (Feliz Mallard), Mayor Paul (Scott Porter), Maxine (Sara Waisglass), Ellen (Jennifer Robertson) e Joe (Raymond Ablack).

Quanto às faixas de música, tal como outras séries da Netflix, não há qualquer obstáculo na reflexão dos sentimentos ou emoções que as personagens sentem. Sendo assim, a série apresenta um soundtrack variado. A banda sonora é repleta de músicas contemporâneas e de alguns clássicos dos 90’s e 00’s que, em geral, remetem para a infância de Georgia. Existem também algumas canções inventadas com o propósito de servirem de contexto e teatralização da obra que não se encontram online.

O argumento não é exagerado, mas, mais uma vez, o público-alvo é restrito a 16+. Adicionalmente, é considerado por muitos como uma mistura de argumentos de séries já existentes, o que não implica simplicidade ou repetição. A escrita do argumento coube a Sarah Lampert, bem como a produção da própria série.

Ginny e Georgia é uma série repleta de flashbacks que explicam o passado dos novos habitantes de Wellsbury e de momentos de reflexão de vários conceitos atuais. Além disso, é imperfeita, sendo um pouco criticada pela falta de atenção nesses pormenores mais profundos. No entanto, é capaz de cativar públicos intrigados tanto pela vida das personagens adolescentes, como das personagens adultas, sem deixar de ter aquele toque de diversão e confusão, que todos procuramos numa comédia dramática.

Em conclusão, Ginny e Georgia é, portanto, uma daquelas séries de comédia e drama romântico pouco convencionais. Deste modo, deixa-nos ansiosos pela próxima temporada.