O evento decorrerá no dia 25 de março, via online. As inscrições são feitas através de um formulário que se encontra na biografia do Instagram da Minho Investment Association.

O evento, que tem como tema Mulheres no Mercado de Trabalho e nas Finanças, irá contar com a participação de duas especialistas na área, a portuguesa Inês Correia e a mexicana Sharon Schlam. Consequência da pandemia, o evento teve de ser adaptado a um formato digital, contando com cerca de 50 participantes, incluindo homens, visto que as organizadoras consideram ser “importante trazê-los para esta discussão, pois eles também têm de fazer parte da mudança”.

As alunas responsáveis pelo evento foram Agatta Manso, Giovanna Mari, Isabella Portásio e Aline Fani. Em entrevista ao ComUM, expressaram o propósito do evento: “trazer um pouco a visão feminina no mercado financeiro, este que atualmente está muito estereotipado, e fomentar esta discussão, especialmente, na área académica, dentro da UM, mas também na comunidade em geral”.

Para estas, o ponto alto do evento é a “questão da representatividade”. Na construção dos painéis, procuraram preenchê-los com oradores diferentes, “alguém português e alguém de fora, mas também alguém que esteja dentro do âmbito académico e outro que não esteja, porque, assim, é possível trazer vários pontos de vista para a discussão”. Da mesma forma, as estudantes, por serem de nacionalidade brasileira, pretendem mostrar a sua perspetiva, contribuindo para o enriquecimento do evento.

A desigualdade de género foi um dos tópicos mencionados durante a entrevista. No contexto das finanças, a empresa é apresentada como uma estrutura cuja “base do trabalho é ocupada pelas mulheres”, na qual as mesmas ficam restritas sem conseguir alcançar cargos elevados. É igualmente referido que “muitas vezes as oportunidades existem também para as mulheres, mas quando elas conseguem chegar lá não são tratadas como iguais. Uma mulher chega no mesmo posto que um homem, mas não recebe o mesmo, nem tem os mesmos privilégios”.

A mensagem que as organizadoras pretendem transmitir com o evento é a importância do empoderamento feminino. “Mostrar que as mulheres podem fazer o que quiserem, estar onde quiserem e que merecem um lugar de destaque”, finalizaram.

Artigo por: Maria Francisca Barros e Sofia Faria