A decisão foi confirmada pelo presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, António de Sousa Pereira.

O reitor da Universidade do Porto revelou que o programa de rastreios de infeção por Covid-19 nos estabelecimentos de ensino deverá ser alargado ao superior. “Penso que até ao final desta semana irá ser revelado o plano que está em negociação. Está em cima da mesa serem testados todos os estudantes, os funcionários, docentes e não docentes, que regressem ao ensino”, adianta, de acordo com informações da Lusa.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) parece favorável à inclusão das instituições de ensino superior no programa de rastreios laboratoriais. Contudo, as negociações ainda estão a decorrer e as partes interessadas podem revelar o plano de testagem universal até ao final desta semana. A ideia é que o plano de rastreio seja faseado, conforme forem sendo retomadas as atividades presenciais dos diferentes níveis de ensino – nas universidades será por volta do 19 de abril.

A grande dúvida reside na verba. Até à suspensão das aulas presenciais, no final de janeiro, sempre que as universidades decidiam realizar rastreios, os custos associados eram suportados pelas próprias. Segundo António de Sousa Pereira, o programa será, entretanto, revisto e esse ponto não será um problema, uma vez que será o ministério a custear a realização dos testes de rastreio à Covid-19 e não as instituições de ensino superior.

No entanto, Pedro Dominguinhos, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), afirma que alguns politécnicos já se preveniram e organizaram de forma a conseguir assegurar a realização de rastreios, mesmo antes do dia 19 de abril.

As universidades e politécnicos terão muito mais trabalho na organização, pois enquanto nos estabelecimentos de ensino, até ao secundário, apenas era feito um teste rápido de antigénio a docentes e não docentes, no ensino superior a testagem será universal, englobando também os estudantes.