A Society LTP Minho tomou a decisão de assinar a carta de modo a “apoiar e dar mais voz e mais destaque” à declaração de emergência, porque “é uma necessidade geral”, realça Eva Monteiro.

Em entrevista ao ComUM, a presidente da Society Loving The Planet Minho, Eva Monteiro, comenta como foi o processo de conhecimento e de adesão à Carta Aberta do Ensino Superior pelo Clima, da autoria do Núcleo Ambientalista do Instituto Superior Técnico (AmbientalIST). A presidente apela a todos a repensarem os seus hábitos e na forma como “tratam” o planeta e mostra-se positiva em relação à posição dos alunos da academia minhota perante a iniciativa.

O processo de conhecimento e de adesão a esta iniciativa começou já no ano passado. Eva Monteiro afirma que os fundadores da AmbientalIST entraram em contacto com o ex-presidente da Society LTP Minho para que a organização se juntasse ao projeto. Já na sua direção, Eva garante que a equipa se reuniu para ver que linhas teriam interesse de alterar na carta para se “adequarem ao máximo” aos seus princípios e aos seus valores.

Eva Monteiro

Eva Monteiro

Nesse sentido, menciona que: “Não decidimos assinar a carta por nós, ou seja, pela nossa universidade, porque nós temos muita sorte com os SASUM e com a universidade”. “Nós somos a universidade mais verde a nível nacional e por algum motivo o é. É porque o departamento e o gabinete de sustentabilidade dos SASUM fazem um excelente trabalho, mas nós sabemos que essa não é a realidade do resto das associações ambientais pelo resto do país”, acrescenta Eva Monteiro.

A presidente da Society LTP Minho espera que a carta aberta “volte a trazer mais foco à sustentabilidade e para a crise climática”. Reconhece que ser amigo do ambiente “é uma decisão que tem de vir de nós e partir de nós”. “Nós como Society alertamos e continuamos a informar a comunidade sobre a situação atual, sobre os problemas, mas sobretudo sobre as soluções que podemos tomar porque ser sustentável não é assim tão difícil”, alega.

Eva Monteiro ambiciona também que a carta “venha a fazer alguma diferença, nem que seja por um abrir de olhos para a sustentabilidade e para as pessoas” e confessa que “é a altura para repensar”. A presidente da Society LTP Minho assegura que “é a altura perfeita para pensar o modo como se interage com o planeta”. “Nunca tivemos uma oportunidade tão boa para pensarmos nos nossos hábitos”, sublinha ainda.

 

Quando questionada se a organização espera que os alunos da Universidade do Minho adiram e assinem a carta, Eva Monteiro admite que sim, que esse foi um dos motivos pelos quais partilharam a iniciativa e incentiva os estudantes a partilharem a carta “com toda a gente”. “Se não for para nós que seja para dar mais foco à sustentabilidade e que seja para esta voltar a ser abordada porque é um problema atual, é uma necessidade geral e que tem de ser tida em consideração”, considera.

No que toca ao assunto da crise climática, na perspetiva da presidente da Society LTPM os estudantes de instituições de ensino superior têm “a capacidade de ouvir, de interpretar” e de mudar os seus hábitos. Aponta ainda que nas universidades se estão a “formar os futuros líderes” e “a geração que pode vir a inverter todo este percurso”. Assim sendo, Eva Monteiro tem a opinião de que “é de extrema importância começar desde as universidades a reverter este processo e a alertar”.