Estudo coloca 25 cientistas da academia minhota entre “os 2% melhores” de entre sete milhões em todo o mundo.
Um estudo da revista “PLOS Biology”, coordenado pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, coloca 25 cientistas da Universidade do Minho entre os 160 mil mais influentes do mundo. Esta distinção mostra um reconhecimento da “qualidade e o impacto internacional da investigação desenvolvida na UMinho”, segundo a instituição.
No leque de 25 cientistas da academia minhota destacados, oito são da área de engenharia biológica: Artur Cavaco-Paulo, Eliana Souto, Lígia Rodrigues, Rosário Oliveira, José A. Teixeira, António Vicente, Madalena Alves e Eduardo Soares. A estes juntam-se Nuno Peres, Vasco Teixeira e Yuliy Bludov, de física, Rui L. Reis, Subhas Kundu e Manuela E. Gomes, de biomateriais, e Paulo B. Lourenço, F. Pacheco Torgal e Joaquim Barros, de engenharia civil.
Na lista surgem ainda dois cientistas de medicina, Nuno Sousa e António Salgado, e dois de engenharia mecânica, Paulo Flores e Filipe Samuel Silva. Por fim, são ainda distinguidos Jorge Pacheco, de matemática, Paulo Cortez, de sistemas de informação, Assunção Flores, da área da educação, e José Neves, de informática.
O ranking da “PLOS Biology” apresenta “os 2% melhores” de sete milhões de cientistas de todo o mundo. Os mesmos são divididos por 22 áreas e 176 subtemas. Para o destaque, são considerados o índice de cientista, o volume de publicações e as citações dos seus trabalhos, segundo dados da base Scopus entre os anos de 1996 e 2019. Portugal tem cerca de 400 representantes na seleção, dos quais 25 são da UMinho.
Março 27, 2021
A noticia poderia ter referido que este ranking vem colmatar as lacunas do ranking da Clarivate-Analytics.
a) Ninguém percebe porque razão o ranking da Clarivate separa os investigadores por um reduzido número de áreas (escolhidas a dedo) quando por exemplo o excelente ranking Shanghai utiliza 54 áreas científicas
b) O ranking da Clarivate (ao contrário do ranking da Stanford, que neste artigo é designado como da Plos Biology) coloca no mesmo saco todas as engenharias quando é sabido que os padrões de citações das diferentes engenharias variam muito e a biologia recebe um número de citações muito superior à engenharia civil
c) O ranking da Clarivate descrimina os investigadores da área das ciências sociais e isso ajuda a perceber porque não há ninguém em Portugal da área das ciências sociais que apareça nesse ranking
d) Em 2018 o ranking da Clarivate viu-se em forçado a criar uma nova categoria Cross-Field porque andou nos anos anteriores a ser injusto (e muito pouco cientifico) para algumas áreas científicas, porém isso só parcialmente resolveu as limitações do ranking da Clarivate.