A comunidade estudantil pediu uma resposta por parte da reitoria e do Ministério da Ciência e Tecnologia do Ensino Superior.

A manifestação pelo fim das propinas aconteceu esta quarta-feira, dia 28 de abril, e estendeu-se a todo o país. Os estudantes da Universidade do Minho reuniram-se à porta do Complexo Pedagógico 2 (CP2), no Campus de Gualtar, onde afirmaram sentir falta de apoio por parte da reitoria e dos SASUM.

Entre discursos e cartazes, os alunos da UMinho demonstraram o seu descontentamento. “Faculdades a cair, é preciso investir” foi um dos cânticos entoados pelos presentes.

Hélder Matos, estudante e um dos organizadores da reivindicação, declarou ao ComUM que “a existência da propina é um ataque aos estudantes, é injusto e é contra os valores constitucionais”. Desta forma, relatou também que são obrigados a trabalhar para continuar a estudar, o que lhes retira tempo de estudo, comprometendo a qualidade da sua aprendizagem.

Por sua vez, Gonçalo Silva, aluno de Relações Internacionais, sublinhou que o problema das propinas é económico e moral. Relembrou as desigualdades agravadas pela presente situação pandémica e salientou as dificuldades dos alunos em suportar despesas académicas associadas a gastos como habitação e alimentação. “Se a juventude, o futuro de Portugal, precisa de ter uma boa educação, de modo a depois dar asas ao desenvolvimento do país, é preciso que não se coloque uma questão financeira como obstáculo”, explicou ainda.

Apesar dos contratempos meteorológicos, a mobilização estudantil foi maior do que o que esperavam. “Ficamos preocupados que não viesse ninguém, mas felizmente houve muita adesão espontânea”, admitiu Gonçalo.