O ensino secundário e ensino superior reabrem a dia 19 de abril, como estava planeado.

O primeiro-ministro confirma: “estamos em condições de dar o próximo passo”. Esta quinta-feira, António Costa confirma e dá mais explicações acerca da nova fase de desconfinamento. Na conferência de imprensa chama a atenção aos dois índices da evolução da pandemia, a taxa de incidência e o ritmo de transmissão.

Comparado a 9 de março, o primeiro-ministro nota que a evolução até 14 de abril é “claramente positiva” tendo passado de uma taxa de incidência de mais de 118 casos por cada 100 mil habitantes a 14 dias para 69 por cada 100 mil habitantes. Por outro lado o ritmo de transmissão passou e 0,78 a 1,05. “Estamos a dirigir-nos para o lado perigoso desta matriz”, avisa Costa.

Apesar disso, a quase totalidade do país avança e retoma as seguintes atividades já anunciadas a 11 de março:

  • Ensino superior e secundário;
  • Lojas de cidadão com marcação;
  • Salas de cinema, teatro e espetáculo;
  • Restaurantes e cafés (quatro pessoas dentro ou seis pessoas nas esplanadas);
  • Todas as lojas e centros comerciais;
  • Eventos exteriores (máximo de cinco pessoas por 100 metros quadrados);
  • Casamentos e batizados com 25% de lotação.
  • Modalidades desportivas de médio risco;
  • Atividade física ao ar livre até seis pessoas.

A exceção são os concelhos de Alandroal, Albufeira, Beja, Carregal do Sal, Figueira da Foz, Marinha Grande, Penela. Estes não vão avançar para a fase atual, mantendo-se nas condições em que o país viveu até agora. A situação agrava-se em quatro concelhos que se encontravam com 240 casos por 100 mil habitantes. Por isso, em Moura, Odemira, Portimão e Rio Maior, não só não se avançará em direção ao desconfinamento, como haverá um recuo, por exemplo, apenas com comércio ao postigo.

Por sua vez, Vila Nova de Famalicão recebeu um alerta do primeiro-ministro por ter atingido os 120 casos por 100 mil, apesar de avançar para a nova fase de desconfinamento. Relativamente às escolas, estas permanecem abertas em todos os concelhos.

“Não ganhamos nada em não conhecer a realidade, porque ela vem sempre ter connosco”. António Costa relembra que as medidas “não são prémios, nem são castigos” e por isso, dirige-se aos autarcas e à população para travar em conjunto a batalha. Os concelhos “nunca poderiam perdoar ao Governo que fechasse os olhos e fingisse que não recolhesse a realidade e daqui a 15 dias tivessemos com uma situação mais grave”.

O primeiro-ministro mostra confiança na vacinação e afirma que no final de Abril “toda a população com mais de 70 anos estará vacinada”. Além disso, assegura que o processo de vacinação está a decorrer “nos seus termos normais”.