A sessão decorreu no âmbito da primeira edição das Jornadas de Engenharia Têxtil.
Esta quarta-feira, 7 de abril, decorreu a sessão “De Engenheiro para Engenheiro”, enquadrada na primeira edição das Jornadas de Engenharia Têxtil. O evento foi organizado pelo Núcleo de Estudantes de Engenharia Têxtil da Universidade do Minho (NEETEXUM).
Contou com a participação dos engenheiros Elda Lisboa, Joaquim Jorge, Pedro Gomes e Luís Silva. A moderação do evento foi realizada pela engenheira Joana Beltrão.
No início da sessão, os convidados foram questionados acerca da relevância de adquirir conhecimentos e experiência em várias áreas do têxtil ou de direcionar o foco da atividade profissional para uma área em particular. Elda Lisboa respondeu que “não existe uma resposta única para a questão”, argumentando que as pessoas são “todas muito diferentes e que cada um tem uma perspetiva de percurso profissional”.
Por sua vez, Joaquim Jorge considerou que é importante a especialização sem, contudo, perder uma noção geral das outras áreas e do que está a acontecer de novo no têxtil. Pedro Gomes concordou, referindo que “se tiver um conhecimento mais vasto, pode ter um leque de oportunidade e possibilidades mais amplo”. Por último, Luís Silva referiu que a “indústria têxtil” é bastante complexa e por isso é importante a perceção da forma como as várias áreas do têxtil se relacionam.
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De seguida, a conversa focou-se na partilha de aprendizagens que os convidados adquiriram no mercado de trabalho e que gostariam de ter sido melhor trabalhadas ainda a nível académico. Elda mencionou a importância da capacidade de inteligência emocional e de relacionamento como “a componente do sucesso”. Joaquim apontou a falta de preparação na parte da gestão industrial e de cadeiras relacionadas com a área como uma lacuna do curso de Engenharia Têxtil [na UMinho]. Pedro Gomes e Luís Silva concordaram com Elda Lisboa, tendo Luís acrescentado a importância da confiança no próprio trabalho e conhecimento como uma chave para o sucesso.
Posteriormente, levantou-se a questão da relevância da realização de projetos interdisciplinares na aquisição de competências transversais. Os engenheiros Luís e Pedro, consideraram que esse tipo de projetos é muito importante porque ensina o estudante a “lidar com pessoas”, a “definir prioridades” e a “gerir conflitos”. Por outro lado, Joaquim Jorge garantiu que o objetivo dos mesmos é “unir saberes de forma a aumentar as capacidades” do aluno. Elda Lisboa corroborou esta opinião, enfatizando que é necessário equilibrar o “saber estar, o saber ser e o saber fazer”.
Seguidamente, os convidados foram interpelados com a questão: como deve ser um bom engenheiro? Pedro Gomes salientou a importância da “capacidade de pensar fora da caixa” e de conseguir desconstruir processos de modo a melhorá-los. Luís Silva abordou a necessidade de se manter uma boa ética de trabalho. Joaquim Jorge realçou a capacidade de se “conseguir planear, inovar, analisar a concorrência e alterar a metodologia de modo a aumentar os lucros”.
Na parte final do evento, a conversa direcionou-se para o futuro da engenharia têxtil. Elda Lisboa e Luís Silva salvaguardaram que o setor vai continuar e que “está em todo o lado” – “não se faz nada sem o têxtil”. Joaquim sublinhou que no futuro vai ser necessário aumentar e apoiar o comércio eletrónico de modo a assegurar um setor mais sólido. Por último, Pedro Gomes falou da importância de o setor ter capacidade de se adaptar constantemente ao contexto e às adversidades.