No passado sábado, dia 10 de abril, a AEDUM dinamizou um debate acerca do Futuro da União Europeia.
A Associação de Estudantes de Direito da Universidade do Minho, em direto da página de Facebook, contou com a presença dos Eurodeputados José Manuel Fernandes e Margarida Marques. A conversa moderada por Afonso Silva, insere-se na proposta “Falar Direto” promovida pela organização estudantil.
Margarida Marques considera, dado o panorama vigente, que é imperativo “pôr a Europa a funcionar”. A nível económico, aponta para o mercado interno que lida com vários transtornos por ter congeladas as ajudas governamentais às empresas, uma medida que acredita ter sido “necessária”. Não obstante, defende que é fundamental restabelecê-lo.
Quando questionada relativamente às lacunas no programa de vacinação, a eurodeputada entende: “Todos queremos ser vacinados o mais rapidamente possível”. Ainda assim, lembra que o processo de produção de uma vacina leva, na generalidade, dez a vinte anos e que a prontidão desta se deve muito ao financiamento da União Europeia. Alerta, apontando para a percentagem de exportação da mesma, que é curial o combate a nível global. “A Europa não se pode fechar em si própria”.
José Manuel Fernandes, por sua vez, atesta que “existe pouca união”. Alega que “a União Europeia tem, desde sempre, avançado com base no medo”. Explica que a organização foi fundada devido ao receio de se dar uma nova guerra. Enuncia ainda a bazuca europeia como mais um exemplo de “algo que surgiu através do medo, e porque não havia alternativas”.
No seu parecer o conceito de “orgulhosamente sós não funciona” em virtude dos desafios que se enfrenta, desde o terrorismo à natalidade, só serão superados se “atuarmos em conjunto”. Recorda que, apesar dos crescimentos da extrema-esquerda e extrema-direita que procuram e defendem soluções individualistas, “o reforço da soberania nacional, só se fara pelo reforço da soberania da união europeia”.
Os dois eurodeputados acreditam numa estratégia mais consolidada em matéria de saúde e investigação. A união europeia pode criar uma união para a saúde, enquadrada numa “nova agenda global”, política, económica e comercial.