A júnior iniciativa da Universidade do Minho, fundada a 24 de fevereiro de 2020, pretende dar aos jovens universitários o conhecimento financeiro básico para a gestão do seu dinheiro.

A Minho Investiment Association (MIA) é um projeto criado a partir da necessidade por conteúdo financeiro, dado que “nem a educação financeira básica as universidades tinham para iniciar a vida adulta”, afirma Maurício Bandarra, fundador da MIA, ao ComUM. É com o objetivo de os alunos “começarem a investir e a cuidar do seu dinheiro” que a organização surge e cria “conteúdo na internet sobre finanças, investimento e economia”, bem como disponibiliza “produtos digitais, cursos, e-books”.

Atualmente, a iniciativa conta com 50 colaboradores tal que, devido ao “grande crescimento no último recrutamento”, torna-se fundamental a estruturação interna da MIA “composta por departamentos específicos”, ressalta Silvania Santos, Diretora do Departamento de Relações Humanas. “Esta estrutura faz com que os processos aconteçam dentro de cada departamento procurando atingir o produto final, ou seja, chegar ao cliente principal que são as pessoas que queremos formar no mercado financeiro”, acrescenta a mesma.

Refere também que, como a MIA nasceu com o distanciamento e a pandemia, o que garante o bom clima interno é “o funcionamento desses departamentos”. Expõe que a sua “atuação é 99% digital” e, apesar de não manterem muito contacto presencial com os estudantes, só assim conseguem alcançar e ajudar mais pessoas.

Devido à pandemia de Covid-19, a principal dificuldade que a organização encontra é o pouco convívio físico entre os elementos, assim como o desafio de fazer eventos externos para a comunidade académica. Contudo, “este primeiro ano da MIA foi um processo de superação interna”, uma vez que permitiu o planeamento de vários procedimentos para “agora realmente dar um salto”, menciona Silvania. O presidente da MIA reforça ainda que conseguiram lidar bem com as adversidades e “marcar presença na universidade, que é o que importa”.

O projeto inclui algumas ações tais como formações, as “Terças-feiras pessoais”, “Women in Finance”, “Week in Minutes”, entre outras. “Estamos onde os nossos alunos estão”, enfatiza Rodrigo Souto, vice-presidente da Minho Investiment Association, que acredita que esta é a “melhor maneira” de atingir o público. A par deste, Bandarra esclarece que o que é interessante nestas iniciativas são as “dicas reais que podem ser executadas na hora”, ou seja, o propósito é o público consumir e poder colocar em prática no momento.

“A nossa meta principal é sair de uma júnior iniciativa para uma júnior empresa ainda este ano e, nos próximos anos, ser o maior, senão dos maiores canais de conhecimento financeiro em Portugal”. Quem o diz é Maurício, sendo complementado por Rodrigo que acredita “que é plenamente viável tornarem-se a principal educadora financeira em Portugal, não só a nível académico, mas de todos”.

Para aqueles que pretendem pertencer à iniciativa, a diretora do Departamento de Recursos Humanos menciona a disponibilidade e vontade de aprender como caraterísticas essenciais. Já o embaixador, reforça que procuram “pessoas que querem ser protagonistas no projeto”, pois existe a oportunidade para tal. “A MIA tem o objetivo de fazer atrair essas pessoas, pessoas que não estão contentes e, realmente, querem encontrar uma iniciativa que possa inovar, praticar e deixar algum valor”, finaliza Rodrigo Souto.