O projeto de Pedro Morgado é o primeiro galardoado com o FLAD Science Award Mental Health. É o maior prémio em Portugal para investigação clínica em Saúde Mental.

Melhorar o diagnóstico, a predição no tratamento e encontrar novas soluções para a doença obsessivo-compulsiva. São estes os objetivos do primeiro projeto vencedor do FLAD Science Award Mental Health, da autoria de Pedro Morgado, investigador do ICVS da Escola de Medicina da Universidade do Minho e psiquiatra no Hospital de Braga.

Com foco na caracterização da estrutura e função cerebrais do cérebro na doença obsessivo-compulsiva, o estudo clínico quer “ganhar tempo no tratamento”. Para tal, a identificação de sinais “é essencial para selecionar de forma mais eficaz uma intervenção mais personalizada para um determinado paciente”, garante Pedro Morgado, em comunicado à imprensa.

É dito também que aproximadamente 50% dos pacientes com doença obsessiva-compulsiva têm resistência aos tratamentos de primeira linha, nomeadamente os antidepressivos e a psicoterapia. Neste sentido, numa segunda fase, o projeto vai explorar os benefícios da utilização de um fármaco dopaminérgico no tratamento das pessoas com doença obsessivo-compulsiva que não respondem aos tratamentos convencionais. O ensaio clínico que será realizado no Centro Clínico Académico de Braga, sediado no Hospital de Braga, permitirá perceber a utilidade e segurança deste novo medicamente que poderá trazer uma nova esperança ao tratamento da doença obsessivo-compulsiva.

A FLAD Science Award Mental Health atribui a Pedro Morgado uma verba de 300 mil euros para o desenvolvimento da respetiva investigação. O prémio tem como objetivo contribuir para a qualidade de vida dos pacientes que sofrem de perturbações mentais, através do apoio e incentivo a jovens investigadores para desenvolverem novas linhas de investigação clínica em saúde mental.