O tema deste ano é "Accelerating digital transformation in challenging times" e Ivo Neto destacou a importância do jornalismo online.
O Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação celebra-se a 17 de maio. Esta data marca o aniversário da assinatura da 1.ª Convenção Internacional do Telégrafo, em Paris, a 17 de maio de 1865. O seu propósito corresponde à sensibilização dos benefícios e oportunidades que a Internet e as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) trazem para as sociedades e economias. Em conversa com o ComUM, Ivo Neto, editor do online no Público, transmitiu alguns conhecimentos sobre a relação entre internet e jornalismo.
A digitalização da informação marca o início de uma nova era para o jornalismo, que na atualidade tem modificado o sistema de produção, a distribuição de conteúdos e o processo de redação jornalística. “O formato digital tem um potencial muito maior. Permite-nos chegar de uma maneira diferente às pessoas”, afirma Ivo Neto.
Para o editor do Público, a informação é cada vez mais pensada numa “lógica de convergência”, onde o produto é pensado para o online e para o físico. O jornalista alerta para as diferenças entre escrever para o online e escrever para um jornal físico e dá como exemplo “um título para o online é diferente de um título para papel”. No entanto, alega que “cada vez mais essa diferença entre o físico e o digital deixa de fazer sentido”.
Cada vez mais as pessoas procuram informação online e “o que aconteceu durante a Covid-19 é a prova de que esse é o caminho”. Assim, Ivo Neto declara que “não faz muito sentido para nós continuarmos a pensar só numa plataforma quando podemos trabalhar em múltiplas e diferentes tipos de conteúdo com diversos perfis”.
Sabendo que o acesso à informação é fundamental para o exercício pleno da cidadania, como garantimos enquanto sociedade que esse direito seja respeitado na era das fake news? “A primeira coisa é procurar informação no sítio correto”, esclarece o editor do Público. “Saber distinguir o que é uma notícia do que é apenas conteúdo que, muitas vezes, tem tudo menos o objetivo de informar”, acrescenta.
Para combater a desinformação e a disseminação de notícias falsas, o jornalista aconselha ter cuidado com o que se partilha nas redes sociais e procurar informação junto de fontes fidedignas. “Uma pessoa quando está doente, vai ao médico. Por isso, quando queremos informação, temos os jornais”, relata Ivo Neto. “Procurar as coisas no sítio certo, onde elas são feitas com rigor, com qualidade e onde há a obrigação de as fazer bem. E isso são os jornais”, conclui.