É a terceira vez na história que os minhotos conquistam a prova rainha.

O SC Braga disputou, este domingo, no Estádio Cidade de Coimbra, a final da Taça de Portugal frente ao SL Benfica. Os bracarenses superiorizaram-se e venceram os encarnados por 2-0.

O jogo começou de forma morna, no entanto, logo aos 17 minutos deu-se um dos lances capitais da partida. Ricardo Esgaio lançou Abel Ruiz na profundidade e este caiu no momento da saída fora dos postes de Helton Leite. Nuno Almeida, árbitro da partida, entendeu que o avançado espanhol foi carregado e exibiu o vermelho direto ao guardião do SL Benfica. A partir deste momento os bracarenses assumiram as rédeas do jogo.

Aos 32 minutos, André Castro apanhou uma bola perdida à entrada da área e atirou rasteiro muito perto da baliza lisboeta. Oito minutos depois, Al Musrati desmarcou Abel Ruiz, o espanhol tocou para Ricardo Horta, mas Otamendi esticou-se todo e tirou o pão da boca ao português que só teria de encostar.

Ainda assim, já nos descontos do primeiro tempo, a turma orientada por Jorge Jesus cheirou o golo em duas ocasiões. Primeiro foi Seferovic quem disferiu um remate cruzado perto do poste e, momentos depois, Julien Weigl apareceu em posição privilegiada, mas Matheus defendeu com segurança. Quando parecia que o nulo seria o resultado ao intervalo, surgiu o golo dos minhotos. Odysseas Vlachodimos saiu em falso, Vertonghen afastou defeituosamente e Lucas Piazon picou, de primeira, a bola sobre o guarda-redes grego. Aparecia então na melhor altura o golo para a turma de Carlos Carvalhal que recolheu aos balneários em vantagem no marcador.

O SC Braga voltou motivado para o segundo tempo e entrou com o pé no acelerador. Com apenas dois minutos corridos, André Castro efetuou um movimento diagonal e atirou para uma boa estirada de Vlachodimos. Dois minutos depois Piazon tentou o bis, mas apareceram novamente os reflexos do guardião grego a evitar o golo. Ainda dentro dos primeiros dez minutos da segunda metade, Galeno rompeu pela esquerda e serviu Abel Ruiz que atirou para fora num lance de finalização aparentemente fácil.

Aos 67 minutos, após livre cobrado por Adel Taarabt, Darwin atirou em esforço por cima da baliza bracarense. Os Gverreiros do Minho aumentaram novamente o ritmo, todavia uma nova tentativa esbarrou nas mãos de Odysseas. Aos 84 minutos, foi Abel Ruiz quem atirou rasteiro para defesa complicada do grego. No minuto seguinte, o SC Braga quebrou mesmo a resistência benfiquista. Abel Ruiz serviu Ricardo Horta que, descaído para o lado esquerdo, fuzilou a baliza adversária.

O SL Benfica acusou psicologicamente o segundo golo concedido e os ânimos aqueceram ao minuto 93. Adel Taarabt e Lucas Piazon envolveram-se na linha de fundo e ambos os bancos saltaram para dentro de campo. No meio da confusão esteve também Eduardo, elemento da equipa técnica do Braga, que acabou expulso tal como os dois jogadores. Até final, registo apenas para um lance no quinto minuto de descontos em que Chiquinho falhou o possível 2-1. Soou o apito final e foi de forma efusiva que os jogadores bracarenses celebraram a conquista de um título que já fugia há cinco anos.

Desta forma, o SC Braga fecha a temporada 2020/21 com a conquista da prova-rainha do futebol português. No conglomerado da temporada, os minhotos acabaram a Liga NOS na quarta posição, foram vice-campeões da Taça da Liga, chegaram aos 16-avos-de-final da Liga Europa e venceram, assim, a Taça de Portugal.

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