Esta inovação pode ser usada em aplicações onde o fornecimento rápido de energia é necessário.
O projeto, liderado pelo Centro de Física da Universidade do Minho, contou com a participação de uma dezena de autores, incluindo, José Pedro Silva, Maria de Jesus Gomes, João Miguel Silva, Mário António Pereira e José Santos, investigadores que integram a equipa internacional. Este estudo teve ainda a parceria das universidades Estadual da Pensilvânia (EUA), Central Tamil Nadu (Índia), Abdelmalek Essaadi (Marrocos) e do Instituto Nacional de Física dos Materiais (Roménia).
A transição urgente para a energia verde está a empurrar a agenda científica para desenvolver novas soluções de armazenamento de energia. Atualmente, as baterias são as mais usadas para o fornecimento de energia estável e durante um longo período de tempo. No entanto, a equipa científica verificou que os condensadores podem trazer resultados mais benéficos. Estas podem armazenar uma pequena quantidade de energia e serem carregados e descarregados rapidamente, na ordem dos nanossegundos.
“Demonstramos que materiais ferroelétricos à nanoescala permitem o armazenamento eficiente e de alta densidade de energia, são fortes candidatos para este tipo de aplicações”, diz o coordenador do trabalho, José Pedro Silva, em comunicado. O investigador salienta que estes materiais à escala nanométrica são fabricados no Laboratório de Filmes Finos do Centro de Física da Escola de Ciências da UMinho.