Esta é a quinta edição do evento.
O CURTAS CC volta no próximo dia 30 de junho pelas 17h, na Black Box do gnration. Este ano serão apresentados os projetos dos anos académicos de 2020 e 2021 dos alunos de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho, uma vez que a pandemia não permitiu a realização do evento no último ano.
Em declarações ao ComUM, o professor Alberto Sá ,membro da organização do evento, definiu o CURTAS CC como “uma mostra das melhores produções de estudantes da licenciatura e mestrado em Ciências da Comunicação, na área do audiovisual e multimédia, criadas, produzidas, realizadas e editadas originalmente. Os trabalhos estão organizados por categorias, e este ano são 5: Ficção/Experimental, Documentário, Animação, Promo e Videoclipe”. Para além disso, o docente contou que de entre vários objetivos estão a “divulgação dos nossos projetos de ensino, em particular do dinamismo da área de audiovisual e multimédia, e do potencial criativo dos estudantes”, bem como a “aproximação e abertura à comunidade local”.
“Os trabalhos estão organizados por categorias, e este ano são 5: Ficção/Experimental, Documentário, Animação, Promo e Videoclipe”
Os projetos não tiveram restrições quanto ao tema e vão ser apresentados ao público pela primeira vez no CURTAS CC. Cláudia Mendes, participante no evento, explicou que o seu projeto “aborda o Paradoxo da Tolerância” e explora a rápida disseminação dos discursos de ódio numa era em que é impossível controlar tudo o que é dito nos espaços públicos de debate. Ainda, procura perceber de que forma é que nós, enquanto cidadãos ativos, podemos exercer um papel neste sentido e apela à responsabilização de cada um vigiar o seu próprio discurso, sendo que para isso “temos de conhecer alguns limites impostos à nossa expressão”. “Janelas” de Giovana Pergentino também será apresentado, segundo a mesma esta “é uma curta-metragem que se passa no início da pandemia no Brasil, o meu país de origem. É um projeto que mostra o meu quotidiano durante aquela altura e também o caos político e social que o país enfrentou e ainda enfrenta”, declarou.
Joana Dantas apresenta três projetos: “Rubik”, “Maladaptive” e “Daredevil”. O primeiro “explora um mundo completamente ficcional. Existem três personagens principais e cada uma simboliza um elemento diferente: a personagem da máscara branca simboliza memória, o burro simboliza equilíbrio e o coelho simboliza tempo. Quando uma pessoa comum encontra um cubo de rubik e o roda, os mundos das personagens colidem e desconstroem-se”. “Maladaptive”, segundo Joana Dantas, “segue alguém preso numa casa onde o passado, o presente e o futuro se misturam. A determinada altura, ao sonhar acordada, a personagem acede a uma versão alternativa e eufórica da realidade até ser forçada a voltar à monotonia inicial”. Por fim, acerca de “Daredevil”, a participante explica que “o genérico de Daredevil não tem propriamente uma sinopse, tive apenas em atenção incluir elementos que simbolizassem alguns dos aspetos mais importantes da série”.
“[Maladaptive] segue alguém preso numa casa onde o passado, o presente e o futuro se misturam. A determinada altura, ao sonhar acordada, a personagem acede a uma versão alternativa e eufórica da realidade até ser forçada a voltar à monotonia inicial”
A pandemia causada pela covid-19 provocou vários problemas tanto na organização do evento como na produção dos projetos. Devido à incerteza dos tempos em que vivemos foi difícil reservar uma data e definir o limite de ocupação da sala. Por isso, tornou-se essencial a implementação de um registo de pré-reserva para organizar o fluxo de acesso. O horário foi adiantado e alguns dos momentos, como por exemplo a votação do público, o pequeno lanche e as atuações de alunos, tiveram de ser cancelados. Na produção das curtas-metragens, o acesso a cenários e equipamentos, a gestão de materiais e a impossibilidade de deslocação foram as principais dificuldades.
Quando questionada acerca das suas expectativas sobre o evento, Cláudia Mendes afirma que “será muito interessante ver vários trabalhos expostos, das mais diversas áreas, e é sempre um momento de enriquecimento em que podemos levar alguma coisa uns dos outros e “beber” do conhecimento que cada um tem para demonstrar”. Giovana Pergentino acha que será “importante para todos aqueles que lá estiverem”. Para si, esta iniciativa permite que os se possam mostrar os vários rabalhos desenvolvidos ao longo da licenciatura. “É sempre bom ver o nosso trabalho a ser recompensado de alguma forma e espero que possa inspirar outros alunos que querem seguir pelo mundo do Audiovisual”, acrescenta. Joana Dantas não conhecia o evento e como tal está “curiosa por descobrir como é, acaba por ser uma boa oportunidade para ver alguns dos projetos dos meus colegas que não conseguimos ver nas aulas e para conhecer o trabalho de alunos de outros anos”.
“É sempre bom ver o nosso trabalho a ser recompensado de alguma forma e espero que possa inspirar outros alunos que querem seguir pelo mundo do Audiovisual”
O evento ocorre anualmente e desde a primeira edição que o gnration é parceiro do CURTAS CC, tendo sempre lotação esgotada notando um aumento na procura. A entrada é livre, contudo é necessário reservar previamente o seu lugar, dadas as restrições impostas pela DGS. Este pode ser feito aqui.