Awake chegou à plataforma de streaming Netflix, dia 9 de junho de 2021. Apesar das críticas negativas, o filme despertou o interesse dos espectadores, tendo ficado no top dez de visualizações em Portugal durante três semanas.
Jill Adams (Gina Rodriguez) é uma ex-combatente do exército americano e viciada em droga, que trabalha como segurança numa universidade onde rouba drogas para as vender. Após um dia normal de trabalho, ela volta a casa da sogra para ir buscar os filhos, Noah e Matilda, e no regresso o carro onde seguiam deixa de funcionar, assim como todos os veículos que se encontravam na estrada. A partir desse momento tudo se torna estranho.
Mais tarde, percebem que os satélites que circulam à volta da Terra começam a cair e que ninguém consegue dormir, com exceção de Matilda. Jill procura saber o que se passa e encontra-se com a psiquiatra Murphy que lhe explica que ninguém consegue dormir com exceção de uma senhora idosa que já está em observação. Dessa forma, os cientistas desejam fazer testes na idosa, antes que toda a população comece a apresentar sintomas de privação de sono. Além disso, os cientistas temem que os sintomas se possam tornar agressivos e mortais. Consequentemente, a ação desenvolve-se na busca pela explicação e para esta situação paranormal, enquanto a luta contra o sono começa a ganhar terreno.
Há bastantes intervenientes na ação da história, porém apenas três são essenciais ao desenrolar da obra cinematográfica. Jill e os filhos, principalmente Matilda, são os protagonistas que constroem a ação e, na verdade, não seria necessário outras personagem para entender o resto da história. A prestação de Gina Rodriguez, como Jill, está para lá de extraordinária, provando mais uma vez que os filmes de ação são a “praia” da atriz. Ariana Greenblatt, a pequena Matilda, também é merecedora de destaque, principalmente por dar uma personalidade simultaneamente forte e infantil à filha de Jill. Deste modo, é difícil ficar indiferente à interpretação da atriz. Também Lucius Hoyos, que interpreta Noah (o filho mais velho de Jill), é digno de reconhecimento, apesar de não ser tão notável a prestação do ator no thriller.
Em relação à cinematografia, as cores do filme não apresentam grande destaque. Sendo uma obra cinematográfica de ação já seria de esperar que as cores percorressem a palete mais escura, variando dos cinzas aos castanhos. A longa-metragem integra também alguns vermelhos, que contrastam com brancos que contrariamente ao esperado, eram usados em momentos de maior tensão.
O final da obra pode ser confuso para alguns, previsível para outros e ainda dececionante para muitos. Na verdade, o final de Awake é fechado, mas deixa bastantes questões. Aqui o diretor Mark Raso podia ter explorado mais a narrativa, até porque os 96 minutos de ação têm bastantes paragens que permitiam prolongar a longa-metragem e, ainda assim não se tornaria exaustiva.