A tecnologia reinventa-se todos os dias e, com ela, os profissionais. Cada vez há mais valências na profissão de fotógrafo. Geram-se novas oportunidades de trabalho ao reinventar os estilos mais clássicos ou ancestrais da fotografia e ao desenvolver os mais contemporâneos e envolvidos no digital.

Ser profissional em fotografia atualmente não se refere apenas àquele que trabalha numa loja especializada e dirigida às conhecidas “fotografias de passe”, ou a retratos de família em cenários pré-preparados. Esta conceção de fotógrafo é cada vez mais retrógrada, minimalista e pouco abrangente. A verdade é que o século XXI tem significado uma grande evolução nos tempos – os fotógrafos de hoje nada têm a ver com os de há uns anos atrás.

O ramo da fotografia é cada vez mais pluralista, envolvendo-se praticamente em qualquer atividade. O marketing digital foi um dos maiores precursores dessa ideia – veio inovar os dias ao abrir novos caminhos e trilhos, ou melhor dizendo, profissões. Embora sinta que na sociedade portuguesa esta área não é (ainda!) levada a sério por muitos, penso que esse é um trabalho progressivo, e que todos os dias estamos mais próximos do sucesso. As empresas, instituições e associações de hoje aderem às redes como forma de chegar mais facilmente ao público. É um trabalho que é feito em equipa, mas onde os fotógrafos se inserem abundantemente. Seja em empresas como as de gestão, restaurantes, lojas de roupa e de turismo, ou instituições políticas, como câmaras municipais, por exemplo. Portanto, há mesmo lugar para todos.

Hoje em dia, há cada vez mais profissionais a escolherem ser freelancers, exercendo a título próprio. Assim, um artista como este é também uma entidade, distinguindo-se no mercado individualmente. Os processos da elaboração da foto ou da pós-produção dela resultam como um ‘distintivo’ do criador, uma vez que nascem de traços e visões únicas e identitárias.

Vejo cada vez mais pessoas a fazer da fotografia um hobby, o que é super admissível. Para muitos, significa uma fuga ao quotidiano e à correria dos dias. É de facto incrível. A meu ver, foi uma das mais inovadoras e bem sucedidas invenções de todos os tempos. Com uma simples máquina, congelam-se momentos, resultando em obras permanentes e resilientes, muito mais duradouras do que a memória humana. No mínimo, menos traiçoeiras.