Anualmente, o serviço, constituído por sete elementos, faz mais mais de 3 mil consultas e acompanha a nutrição de mais de 1800 pacientes internados.

O pico da pandemia da Covid-19 levou o Hospital de Braga a uniformizar o tipo de refeições dado aos doentes internados, revelou a diretora do serviço de nutrição, Mafalda Noronha, à RUM. Durante o programa “A Saúde tem Voz”, a especialista afirmou que “não conseguíamos chegar a todos e tivemos de estabelecer linhas orientadoras para todos os doentes”.

Mafalda Noronha lembrou que o vírus SARS-CoV-2 deixa o paciente “com dificuldades respiratórias e sem paladar”, que “comprometem a ingestão de alimentos”, impedindo a “deglutição”. “Tivemos de adaptar texturas para tentar chegar ao máximo de doentes possível”, disse, explicando que as dificuldades de ingestão dos pacientes obrigaram o serviço de nutrição a recorrer “à suplementação calórica-proteica”. “São suplementos de 200 ml comercializados em doses individuais, nutricionalmente completos, que substituem totalmente uma refeição”, esclareceu.

A responsável recordou um caso de um paciente que chegou ao hospital em fevereiro passado, durante o pico da pandemia, e que, num “um mês e meio”, perdeu “mais de dez quilos”. “Já teve alta hospitalar, mas perdeu totalmente a sua autonomia. São doentes que ainda têm de ser acompanhados muito de perto, de forma a otimizarmos o seu estado nutricional”, enalteceu, alertando que a pandemia ainda não acabou.

O serviço de nutrição trabalha em conjunto com os serviços de endocrinologia, que trata doentes com diabetes ou obesidade, cirurgia bariátrica, pediatria, gastroenterologia e oncologia.