De desafios parecemos todos perceber muito. À primeira vista, somos todos capazes de lidar com o que quer que seja, mas à segunda vista, quando os erros já foram feitos, aí é que somos mesmo capazes de fazer melhor. “Eu? Não. Eu nunca teria feito aquilo. Errar assim? Claro que não”. Mas errar é o que está na essência de tudo. Errar e reconstruir, readaptar, reavivar, fazer mais, tornar melhor. Será que nos tornamos melhores, se não houver um erro, um tropeço, a necessidade de um recuo ou de uma afinação? E quando as condições situacionais interferem com o funcionamento daquilo que é considerado o normal? Serão os erros mais aceitáveis e o aperfeiçoamento mais valorizado?

O “bailarico” da pandemia desencadeou uma das maiores readaptações à face da terra. O ComUM também o fez e, deixem-me que o diga, fê-lo de forma exímia. As entrevistas presenciais ganharam vida nos ecrãs, os redatores passaram a assistir a eventos nas suas próprias casas e o termo “online” da essência do ComUM tornou-se mais carregado. Com os sucessivos desconfinamentos, aproveitava-se qualquer oportunidade para se ter um contacto mais próximo com as pessoas, com a equipa e com o jornalismo. Como que adolescentes ansiosos à espera do verão, ansiávamos o mundo para também darmos mais ao mundo. Agora, é difícil prever o próximo passo de dança, mas se for preciso fazer um brilharete, também o conseguiremos fazer, porque é o que somos.

O ComUM rege-se à custa de vontades, de sonhos e de ideias, de trabalho árduo, voluntário e eficaz. Digo eficaz, porque este mesmo trabalho, que faz crescer este jornal, também presenteia o aluno com responsabilidade, amadurecimento, pensamento crítico, com a atualidade, comunicação e fá-lo ser mais. Mais estudante. Mais profissional. Mais homenzinho. A lista poderia ser interminável. Mesmo que o caminho seja curto, qualquer um que passe por este órgão de comunicação vai receber algo. No entanto, aqueles que decidirem adotar o ComUM como uma família vão ser privilegiados com um dos projetos mais gratificantes de sempre. Aqui temos um significado e contribuímos para dar significado a algo maior do que a nossa própria individualidade.

E se, por um lado, nós progredimos com o jornal, por outro, o ComUM floresce connosco e por nossa causa. Todos os êxitos e conquistas, mas também as falhas e, por sua vez, as readaptações e evoluções devem-se àquilo que compõe o jornal, àquilo que foi, é e àquilo que quer ser. O potencial do ComUM, que é passado de mãos em mãos e de direção para direção, está assim agora à nossa mercê.

Atualmente, somos uma equipa de mais de 15 editores, com mais de 50 redatores, temos um departamento de comunicação e mais uns quantos colaboradores disponíveis para ajudar. Somos engrenagens encadeadas, cada um com o seu próprio propósito e função. Temos prazos, planos, ideias, sonhos e muitos objetivos, mas mais do que tudo isso, temos muita força de vontade. Assim, se nos perguntarem o que queremos, a resposta é continuar, adaptar, fazer mais, fazer melhor, crescer, evoluir e, sobretudo, ser ComUM. É este o compromisso. Queremos manter-nos e também chegar mais longe. Queremos ser fiéis às nossas raízes e à nossa essência, mas também pretendemos crescer este “ser”. Acima de tudo, não planeamos permanecer neste patamar de desejo, mas pretendemos levar à prática as palavras, intenções e vontades. Queremos ser ComUM e vamos sê-lo.