Na carta, os empresários da restauração exigem uma audiência contra as medidas implementadas pelo governo.

A União de Restaurantes do Minho (URMINHO) escreveu uma carta aberta dirigida ao presidente da Assembleia, ao presidente da República, ao primeiro-ministro e a todos os partidos do Parlamento mostrando a sua insatisfação face às medidas implementadas aos empresários da restauração. “É nossa missão, enquanto associação de um setor fortemente fustigado e de uma zona geográfica como o Minho, dar conta de todos os anseios que vivemos”, afirma a organização.

Tiago Carvalho, porta-voz da URMINHO, expressa que “é extremamente premente o levantamento de medidas avulsas como as que nos são impostas aos fins de semana”. “Queremos realçar que nós, restauradores, não somos agentes fiscalizadores. Não devemos, assim, fazer o trabalho do Governo”.

Tiago Carvalho representa todos os empresários da restauração do Minho e vem “pedir com urgência, o levantamento das medidas impostas”. Uma das medidas que pretendem terminar é a que obriga o encerramento dos estabelecimentos às 22:30, realçando que “depois dessa hora não existe maior propagação do vírus”.

“Estamos hoje, como sempre estivemos, prontos para dialogar e demonstrar que o que têm feito ao nosso setor é um genocídio empresarial que terá a sua apoteose com a chegada de uma grave crise social, muito em breve”, prossegue o porta-voz. “O que se pede é bom senso e que se olhe para um setor que está de rastos, com famílias endividadas”.

“É tempo de o Governo admitir que falhou e, juntos, recuperarmos o tempo perdido. A restauração não aguenta mais o que nos estão a fazer”, conclui.