O valor das bolsas pode ir até um valor máximo de 2750 euros.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), Manuel Heitor, relatou ao Diário de Notícias que o governo vai reforçar o valor das bolsas atribuídas aos alunos de mestrado através da Ação Social do ensino superior. Uma fonte do gabinete do MCTES esclareceu que “os estudantes bolseiros inscritos em mestrado terão a sua bolsa reforçada, passando do valor da propina fixada para o 1.º ciclo [licenciatura], de 697 euros, para um valor que passará a ser a propina do seu mestrado, e que é de 2.750 euros”.

Manuel Heitor explica que “se queremos passar de metade dos jovens para seis em cada 10 a participar no ensino superior, temos claramente que reforçar a Ação Social, assim como garantir o prolongamento da Ação Social para as pós-graduações”. “Garantir que todos aqueles que são bolseiros da Ação Social nas licenciaturas o podem fazer no mestrado” é o que pretende o MCTES.

O ministro adianta ainda que o ano letivo 2021/2022 também “vai ser o primeiro ano em que há os chamados novos mestrados, não há mestrados integrados, e, portanto, a oferta passa a ser em todas as áreas, sobretudo nas engenharias”. Com isto, o MCTES acredita que abrir e alargar a Ação Social para os mestrados será particularmente importante”, sendo uma medida que vão tentar discutir para vir a ser incluída no Orçamento do Estado de 2022.

De acordo com dados facultados pelo MCTES, no ano letivo de 2020/2021 existiam no ensino superior público 10.563 bolseiros de mestrado num universo de 33 instituições universitárias e politécnicos. A Universidade do Minho era a instituição com mais bolseiros (1.330), seguida da Universidade do Porto (1.141), do Instituto Politécnico do Porto (1.068) e da Universidade de Lisboa (1.063).