No ano passado a pandemia impossibilitou que se realizasse mais uma edição, mas este ano está de regresso.

A quarta edição do L’Agosto teve início dia 5 de agosto e termina amanhã. O festival é organizado pela Câmara Municipal de Guimarães, Elephante MUSIK e Estúdio Lobo Mau.

O L’Agosto arrancou ontem com os concertos de Lula Pena e Gator, The Aligator, nos jardins do Museu Alberto Sampaio, em Guimarães. Hoje atuam os 10.000 Russos e Lena D’Água, e sábado é a vez de Luís Severo e PZ pisarem o palco. A primeira atuação de ambos os dias começa às 19:30 horas e a segunda às 21 horas. Ainda há bilhetes disponíveis na BOL.

Ao ComUM, Giliano Boucinha, vocalista da banda Paraguaii e fundador da produtora Elephante MUSIK, revela que o primeiro dia do L’Agosto “correu muito bem”. No entanto, tem expectativas mais altas para as noites de hoje e amanhã, porque “são dias de maior enchente e as bandas têm mais história”.

O cartaz de dia 7 de agosto foi alterado esta manhã, depois de se saber que um membro dos Sean Riley & The Slowriders testou positivo à COVID-19. PZ e a Banda do Pijama é a nova confirmação do festival e vai apresentar pela primeira vez ao vivo o álbum “SelfieDestruction”. Giliano Boucinho diz que estas mudanças de última hora “são muito difíceis de gerir”, principalmente devido à existência de várias pessoas que apenas compram bilhete para ver uma banda em específico. Por essa mesma razão, é possível proceder à devolução da compra do bilhete.

De forma a cumprir as regras impostas pela Direção-Geral da Saúde, a lotação do festival foi reduzida para 150 pessoas sentadas. O fundador da Elephante MUSIK considera que esta limitação “altera o espírito de comunidade e liberdade do festival por completo”, pois normalmente estão presentes cerca de 600 a 700 espetadores numa plateia em pé.

Em 2016, a organização do L’Agosto realizou “uma espécie de ano zero do festival”, no Largo Dunães, que tinha o nome “Passa à Praça”. Nesse mesmo ano, um membro da organização do evento estava a navegar no OLX e encontrou um insuflável de uma lagosta gigante, que é utilizada todos os anos na decoração do palco. A partir de 2017, o festival passou a chamar-se L’Agosto, fazendo uma alusão ao caricato insuflável e ao mês em que é realizado.

O L’Agosto tem tido um impacto cada vez maior, tanto a nível nacional como internacional, tendo sido nomeado para “Melhor Novo Festival” nos Iberian Festival Awards de 2019. Segundo Giliano Boucinha, o festival destina-se a “todas as idades e gostos musicais” e um dos pontos fortes do mesmo é a sua localização “icónica” no centro de Guimarães, junto à muralha. A grande esperança que a organização tem para a edição do próximo ano é a de que “não haja limitações, para que o festival recupere a sua magia na totalidade”.