A consciencialização climática foi o tema de reflexão deste ano.

O Dia Internacional da Paz comemorou-se esta terça-feira, dia 21 de setembro. Este dia pretende, essencialmente, estimular todas as nações e pessoas a acatar a cessação das hostilidades e a celebrar através da bondade, tolerância e consciência pública sobre questões associadas com a paz.

A data foi inicialmente assinalada pelas Nações Unidas em 1981 e, duas décadas mais tarde, em 2001, a Assembleia Geral votou por unanimidade para constituir este dia como um período de não violência e cessar-fogo. Anualmente, é priorizado um tema para reflexão e, em 2021, o foco esteve na questão da consciencialização climática e na tentativa de impulsionar a criação de soluções criativas que possibilitem a constituição de um mundo mais resistente, equitativo, inclusivo, sustentável e saudável.

No dia 16 de fevereiro, durante a visita ao Paquistão, país em conflito com a Índia, por causa do uso da água, o secretário-geral das Nações Unidas afirmou que a crise climática é o maior obstáculo à paz mundial. Recordou que as alterações climáticas, ameaçam a nossa segurança, os nossos meios de subsistência e as nossas vidas.

Segundo as Nações Unidas é imperativo enquadrar as alterações climáticas globais enquanto questões políticas e éticas e não as restringir ao estritamente ambiental. A organização reconhece que os grupos mais vulneráveis e mais pobres da sociedade são as principais vítimas dos efeitos das alterações climáticas, ainda que estes grupos sociais em regra sejam os menos responsáveis pelas emissões que conduziram à crise climática.

É considerada fundamental a ampliação do debate sobre a justiça climática. Pois, todos os cidadãos têm direito a um ambiente limpo e saudável, bem como a esperar que os governos assumam a responsabilidade pelos seus compromissos no que diz respeito aos fatores determinantes das alterações climáticas e às ameaças das alterações climáticas, atentando não só aos aspetos ambientais e económicos mais evidentes, mas também o impacto social.

A justiça climática visa não só as pessoas diretamente afetadas pelos efeitos das alterações climáticas, mas também a pessoas afetadas pelos fatores determinantes das alterações climáticas. Isto, através da dependência de bens, serviços e estilos de vida associados a elevadas emissões e a uma eficiência de recursos reduzida.

António Guterres diz que “apenas unidos podemos tornar o nosso planeta, o nosso único lar, num lugar pacífico, próspero e seguro para as gerações presentes e futuras”. E inúmera também quatro áreas prioritárias: a prevenção através de ações imediatas para proteger os países dos impactos cada vez mais frequentes e severos, o aumento drástico do nível de investimentos nestes, assegurar o respeito pelos direitos humanos e procurar parcerias dentro e fora das nações unidas.