Iggy Azalea lançou no dia 13 de agosto o álbum The End of an Era. É o terceiro da artista e, de acordo com a mesma, o último da carreira. Apesar da personalidade forte presente no disco, este não acrescenta nada de interessante ao percurso de Iggy. Fica, por isso, num patamar inferior aos trabalhos anteriormente realizados.

O álbum divide-se em quatro partes e cada uma corresponde a uma faixa etária da rapper. A primeira parte reflete os 20 anos, o segundo os 24, o terceiro os 28 e a última parte aos 30. Apesar desta divisão, ouve-se um conjunto de música banais e sem brilho. Não há distinção sonora entre os vários temas, tornando-se maçante.

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Musicalmente, o disco é aborrecido por ter sempre o mesmo tipo de ambiente sonoro. À primeira audição, há a impressão de estar a ouvir a mesma música várias vezes, sobretudo nas duas primeiras partes do álbum. Nessas duas primeiras partes, predominam sons eletrónicos muito semelhantes. É o exemplo da “Sirens”, ou da “Brazil”, nas quais a rapper mistura funk com harmonias sintéticas de rap: algo sem criatividade e realmente simples.

Quanto às letras, também é complicado encontrar algo que surpreenda. Baseiam-se na aparência, no dinheiro e alimentam os estereótipos femininos da sociedade. Na música “Iam The Stripclub”, Iggy acaba por afirmar que para uma pessoa se tornar madura, deve ir a bares de strip, sobrevalorizando as aparências.

É difícil encontrar pontos positivos no álbum. No entanto, “Good Times With Bad People” e “Sex on the Beach” representam os temas mais agradáveis da artista. As letras conseguem fugir ligeiramente àquilo que as restantes apresentam. A sonorização é mais divertida, conseguindo distinguir-se no meio do ambiente sonoro em questão.

No fundo, a artista podia ter terminado a carreira sem a publicação de The End of an Era. Além de não ter acrescentado nada de novo à carreira de Iggy, ainda conseguiu deixar o público com uma visão negativa da rapper. Infelizmente, não é um trabalho musicalmente interessante e bem conseguindo, caindo em sons repetitivos e cansativos.