O dia mais assustador do ano chegou finalmente. Neste 31 de outubro, deixamos-te uma lista de músicas que, seja por letras perturbadoras ou instrumentais sinistros, arrepiam quem as ouve e, por isso, não podem faltar numa festa da Halloween.
“I’m In Love With a Monster”, Fifth Harmony – Neste single lançado a 3 de agosto de 2015, como parte da soundtrack do filme animado Hotel Transylvania 2, a banda canta sobre estar apaixonada por alguém mal-intencionado e usam a palavra “monstro” para descrever a personalidade dessa pessoa. Aqui podemos notar laivos de pop, R&b, rock e até hip-hop, sem esquecer um ritmo mais jazzy e funky de batidas bem marcadas. Segundo a crítica, a sonoridade do tema remete para a discografia de outros grupos femininos, como as The Supremes. O videoclipe estreou no outdoor da Times Square da Sony Music Entertainment e combina a coreografia da banda com cenas do filme.
“Psycho Killer”, Talking Heads – “Psycho Killer” é um clássico da música que junta dois estilos distintos: post-punk e new wave. David Byrne, o vocalista, assume em toda a faixa, de forma bastante convincente, o papel de alguém perturbado, através da entoação e sentimento dado a cada palavra. Para além da letra, é ainda de destacar o contrabaixo tocado por Tina Weymouth. David Byrne, Chris Frantz e Tina Weymouth foram os compositores da faixa que alcançou o 92º lugar na Billboard Hot 100. O tema consta em vários filmes, séries e jogos e, apesar dos anos que tem, não é esquecido, principalmente nesta assustadora altura do ano.
“Heathens”, Twenty One Pilots – “Heathens” completou a banda sonora do filme de ação Suicide Squad de 2016 com harmonias rock nostálgicas e sombrias. Envolto de simbolismos e teias narrativas aterradoras, o hit alternativo transparece um ambiente mental instável que aprisiona e, simultaneamente, abraça os pensamentos mais “pagãos” de todos os ouvintes. Toda esta tensão rítmica é acompanhada por admiráveis acústicas de bateria e guitarra elétrica, sincronicamente enraivecidas e impactantes. Sobrenatural e surpreendente, “Heathens” é, intemporalmente sem margem para dúvida, uma presença obrigatória numa festa desta época.
“Thriller”, Michael Jackson – Aquela que é uma das músicas mais conhecidas e associadas a esta época do ano, não pode faltar em qualquer festa de Halloween. “Thriller” rapidamente se tornou numa das músicas mais conhecidas, não só da sua época, mas também de toda a discografia do Rei do Pop. A música manteve-se no tempo enquanto parte constituinte desta tradição festiva. Parte disso, devido às inúmeras alusões a máscaras e a criaturas soturnas e sobrenaturais (“Night creatures call/ And the dead start to walk in their masquerade”) trazidas à vida no videoclipe durante esta data assustadora.
“The Devil Went Down to Georgia”, The Charlie Daniels Band – “The Devil Went Down to Georgia” integra o álbum Million Mile Reflections, da banda The Charlie Daniels Band, lançado em maio de 1979. Liricamente, a canção conta a estória de um duelo entre um homem, Johnny, e o Diabo, que pretende adquirir a alma do ser humano. Para além da temática, os estilos dançantes de country e southern rock constroem um ambiente macabro e festivo, simultaneamente. Definitivamente, uma excelente escolha para uma playlist de Halloween.
“Bloody Mary”, Lady Gaga – Mais de dez anos depois, o álbum Born this Way de Lady Gaga continua a fazer parte da nossa memória, chamando à atenção pela sua irreverência. O mesmo acontece com a faixa número oito, “Bloody Mary”. Influenciada por ritmos techno e eletropop, este tema pode ter duas interpretações. Por um lado, pode referir-se à protagonista da lenda de terror, Maria Sangrenta. Por outro, a cantora pode estar a fazer alusão à figura religiosa de Maria Madalena e de outras presentes na Bíblia. Por isto e muito mais, independentemente da interpretação, neste Halloween não pode faltar o provocante e sombrio hit da diva pop.
“Children of the Grave”, Black Sabbath – Dos lendários rockeiros Black Sabbath, “Children of the Grave é a principal faixa do álbum Master of Reality (1971). Aqui, trazem-nos o tema de antiguerra (bastante prevalente noutros trabalhos), numa época da Guerra Fria. Porém, o que faz deste tema um elemento necessário numa festa do Dia das Bruxas? O build-up inicial, com repetitivas cordas de guitarra e baixo e uma batida, trazem de imediato um arrepio pela espinha e uma vontade súbita de abanar a cabeça. Depois, explodimos para o riff principal e para os solos de Tony Iommi e vocais vibrantes de Ozzy Osbourne que vêm mexer o corpo por inteiro. Toda a estética à volta da banda grita Halloween, mas esta peça é a que mais transmite esse espírito assombroso. De certeza, um momento vibrante que não pode faltar nesta altura do ano.
“This is Halloween”, cidadãos de Halloween Town – “This Is Halloween” foi criada em 1933 para a abertura do filme The Nightmare Before Christmas, emergindo um dos maiores clássicos do dia das bruxas. É uma obra excêntrica e surpreendente, caracterizada por sussurros e instrumentalização pesada. Teve uma enorme recetividade inicial do público e conta, atualmente, com interpretações de inúmeros artistas renomados, entre os quais Panic! At the disco e Marilyn Manson. A sua riqueza musical e o seu caráter único fazem deste tema algo que não vais querer perder na tua playlist de Halloween.
“Sleepy Hollow”, Trippie Redd – Numa mescla melódica, soturna e arrepiante, “Sleepy Hollow” incorpora o alter-ego excêntrico de Trippie Redd. É uma faixa curta, mas estrondosamente ruidosa e com uma lírica sanguínea. Por pouco mais de um minuto e meio, o artista transporta o ouvinte para o universo do filme A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (1999), mas com a performance exclusiva de “Mr. Redd”. Lançado a 7 de outubro de 2020, este foi o terceiro e último single do quarto álbum de estúdio de Trippie Redd, Pegasus. Aliás, é um dos melhores temas musicais da discografia do rapper para celebrar esta festividade terrorífica de uma forma não tão tradicional, mas cheia de personalidade.
“bury a friend”, Billie Eilish – “bury a friend” parece ser a música perfeita para uma festa de Halloween! O género eletrónico mistura-se com synth-pop e parece resultar numa faixa produzida precisamente para arrepiar quem a ouve. A mistura é tão arrepiante como os sons presentes. Sons estes que envolvem desde gritos a uma gravação do que parece ser um aparelho de dentes a raspar em algo, causando um som estridente e vibrante. A letra é descrita sob a perspetiva do monstro que existe debaixo da cama de Billie o que também contribui para toda a atmosfera assustadora.
Artigo por: Afonso Marques, Ana Rita Alves, Catarina Magalhães, Diogo Braga, Lara Inês Freitas, Inês Machado, João da Silva, Leonor Alhinho, Letícia Oliveira e Nuno Diogo Pereira