Uma densa narrativa sobre conflitos de família, amores, loucura e moralidade.

A Companhia de Teatro de Braga (CTB) estreou a peça “Hamlet” esta sexta-feira, no Theatro Circo. A aclamada obra dramatúrgica de William Shakespeare foi representada sobre a perceção da realidade moderna. Estas referências à atualidade trouxeram vários momentos cómicos à fatalidade do enredo. A adaptação, encenação e dramaturgia são da autoria de Alexej Schipenko e a cenografi­a e figurinos de Lesja Chernish.

O protagonista da peça de teatro é o Príncipe Hamlet de Dinamarca, filho do recentemente morto Rei Hamlet e sobrinho do Rei Cláudio, irmão, sucessor e assassino do seu pai. Após a morte do Rei Hamlet, Cláudio casa-se apressadamente com a viúva Gertrudes, mãe do príncipe. O espírito do pai surge e pede que Hamlet vingue a sua morte. Enquanto investiga o assassinato, o príncipe vive uma crise interior, considerando ir em frente com a vingança. Durante o processo, finge-se de louco.

A peça dividiu-se em cinco atos e em todos esteve presente a sepultura do pai de Hamlet, no centro do palco. O elenco é composto por cinco atores: Carlos Feio, André Laires, Rogério Boane, Solange Sá e Eduarda Filipa. Algumas das cenas foram intercaladas com momentos musicais. Uma das canções escolhidas foi “Fuck The Government, I love you”, da banda The Burning Hell. Além disto, houve ainda espaço para o incontornável monólogo de Hamlet, que foi declamado enquanto era transcrito para as notas de um telemóvel projetado.

A adaptação de “Hamlet” vai continuar no Theatro Circo até à próxima quinta-feira. O único dia sem sessão é segunda-feira, dia 18 de outubro. A peça tem um custo de 10 euros, no caso do bilhete normal. As sessões são sempre às 21h30.