No mês de consciencialização para a luta contra o cancro, alerta-se a população para a importância de ser feito um rastreio anual.

Com cerca de sete mil casos anuais em Portugal, o cancro da mama é a segunda maior causa de morte por cancro em mulheres. No entanto, segundo números revelados pelo Hospital de Braga, a taxa de cura de cancro da mama chega aos 95% quando este é diagnosticado precocemente. Assim, em entrevista à Rádio Universitária do Minho (RUM), a enfermeira Milene Costa alerta para a importância de “relembrar a população para não se esquecer de fazer o rastreio”.

Foram realizados dois workshops pelo Hospital de Braga em celebrações do Outubro Rosa. No primeiro workshop, “Auto-maquilhagem na doente oncológica”, foram ensinadas técnicas de maquilhagem que ajudem a camuflar possíveis efeitos da doença, tendo sido promovido pela Perfumes&Companhia. O segundo contou com a apresentação da estilista Ana Sousa sobre o uso dos turbantes. “Queremos incentivá-las, de forma a aumentar-lhes o astral e a energia”, afirmou, destacando a importância de toda a população ajudar nesta luta.

Sílvia Faria, que há cerca de um mês foi informada que os tumores tinham desaparecido, serviu de modelo em ambos, e disse em entrevista que a imagem pode ter, realmente, um grande impacto no bem-estar. “A minha médica, a doutora Catarina, disse-me que, ao segundo tratamento, me ia cair o cabelo e então, ao segundo tratamento, rapei o cabelo”, conta, “andei com o cabelo curto algum tempo e, depois, comecei a usar peruca e lenços”. Em conversa com a RUM, Sílvia explicou que “aceitar logo a doença foi fundamental” para se preparar psicologicamente.