A ferramenta digital em desenvolvimento denomina-se por ARCAS e visa a reabilitação energética de bairros sociais.

A Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM), em colaboração com cinco parceiros europeus, está a desenvolver uma ferramenta digital que vai permitir tornar as habitações sociais mais sustentáveis e energeticamente eficientes. A iniciativa designa-se por ARCAS e vai ser testada em Braga.

A ferramenta reúne metodologias de avaliação e projeto, valorizando a reabilitação de áreas urbanas e energias renováveis. Desta forma, a solução proposta pela iniciativa passa pelo aproveitamento de edifícios existentes, possibilitando resolver problemas causados pelas alterações climáticas e pela pobreza energética. Apoiada em tecnologias de machine learning, a ferramenta é capaz de diagnosticar o estado inicial das habitações e propor uma estratégia a médio e a longo prazo. Com o objetivo de ser utilizado por administrações públicas e associações profissionais, o ARCAS visa nomeadamente o sudoeste europeu. No entanto, é possível a sua adaptação a outros contextos.

Manuela Almeida, professora de Engenharia Civil da EEUM e investigadora do Instituto de Sustentabilidade e Inovação em Estruturas de Engenharia (ISISE), explica que o objetivo é “ajudar os governos nacionais, regionais e locais na reabilitação energética de bairros sociais e de edifícios de habitação coletiva”. O desenvolvimento de “uma ferramenta com indicadores-chave e as melhores técnicas ao dispor que permita maximizar a arquitetura energética promove a eficiência, a qualidade do ar e o bem-estar social”, acrescenta.

Para além da UMinho, o projeto conta com a intervenção da Fundación de Estudios sobre la Edificación de Asturias, o Governo de Cantábria, a Universidade do País Basco, a Universidade La Rochelle e a Plataforma Tecnológica e Inovadora para a Eficiência Ambiental. O Município de Braga, o Ministério de Transição Ecológica, o Ministério dos Transportes e Agenda Urbana, a Direção-Geral de Habitação das Astúrias, associações profissionais de arquitetura e construção e a Comunidade Intermunicipal e o Gabinete de Habitação Pública de La Rochelle estão também envolvidos como parceiros associados.