Nova ronda negocial dos direitos salariais dos sindicatos vai decorrer na próxima quarta-feira, dia 17 de novembro.
A greve da função pública foi convocada esta sexta-feira, dia 12 de novembro, pela iniciativa da Frente Comum, contra a atualização salarial de 0,9% proposta pelo Governo. A adesão sindical levou à paralisação de escolas e também da rede de transportes da TUB.
A iniciativa visou essencialmente reivindicar os direitos salariais dos sindicatos com aumentos de 90 euros para todos os trabalhadores e um salário mínimo de 850 euros na administração pública. Algumas das reivindicações passam ainda pelo descongelamento das progressões, a reposição de 25 dias de férias para todos os trabalhadores e a implementação de 35 horas semanais. Para além disso, também o aumento do subsídio de refeição, que atualmente nos 4,77 euros “deve passar para 7,5 euros”.
Nos próximos dias vão ser divulgados, com mais exatidão, os dados de adesão ao protesto. No entanto, Mário Nogueira, dirigente da Federação Nacional dos Professores (FENPROF) adianta que “pelo menos 95%” das escolas encerraram e “é, provavelmente, a greve que fechou mais escolas no nosso país”. Também, nos Transportes Urbanos de Braga (TUB) a adesão à greve foi de 50%, “com várias carreiras suprimidas”. O dirigente sindical procedeu ainda com a menção das taxas elevadas de participação dos professores na greve.
Marcada pela estrutura sindical da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), a greve da função pública foi ainda classificada pelo coordenador da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, Sebastião Santana, como “um enorme sucesso” na luta em oposição ao que os sindicatos consideram um desinvestimento nos serviços públicos. A nova ronda negocial vai decorrer na próxima quarta-feira, dia 17 de novembro.