O festival reuniu nomes marcantes da cultura sonora e expressão visual.
Esta sexta-feira, 5 de novembro, arrancou o festival de música Mucho Flow em três salas de espetáculos de Guimarães. O Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), o Centro Cultural Vila Flor (CCVF) e o Centro de Artes e Espetáculos São Mamede foram palco para uma experiência cultural que contou com diversos artistas.
Chão Maior abriu o festival no CIAJG. A banda portuguesa destacou-se pela diversidade de sons, que variaram desde chocalhos e guizos até ao trompete, a guitarra e a bateria, acompanhados de uma voz feminina. A performance do álbum “Drawing Circles” (2021) marcou pela espontaneidade e fusão de diferentes estilos musicais, como o jazz, rock, folk e kraut. Os sons encaixaram uns nos outros criando uma harmonia e atmosfera envolventes, intensas e contagiantes.
Já no CCVF, seguiram-se dois grupos musicais: Space Afrika, vindos de Manchester, e a dupla dinamarquesa Croatian Amor & Varg2. Apresentam-se num registo diferente, mais direcionado para a música eletrónica. Para além disso, desafiaram o público com todo um jogo de cores, imagens, fumo de cena e um som vibrante. As bandas deram a conhecer os projetos “Honest Labour” (2021) e “Body of Concept” (2021), respetivamente, num ambiente imersivo e intenso.
Por último, fecharam a noite três grandes nomes no palco do São Mamede CAE: Muqata’a, Loraine James e Arrogance Arrogance. O produtor Muqata’a, de origem palestiniana, interpretou Hip-Hop com uma visão muito própria, espelhando na sua música muitas das suas experiências pessoais. Loraine James é uma produtora inglesa de expressão multidimensional que desafia diferentes estilos, como rave e garage. O seu novo projeto, “Reflection” (2021), estreado no Mucho Flow, é a prova disso mesmo. Por fim, Arrogance Arrogance representou a cultura eletrónica underground, que conquistou o público e o levou à pista de dança.