Investigação propõe novo tipo de vesícula com melhores resultados na terapêutica da doença.

Um estudo realizado por investigadores do Departamento de Biologia da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) concluiu que o tratamento de doenças como o Alzheimer regista melhores resultados através de um novo conceito de vesículas transportadoras de agentes terapêuticos, como os fármacos. O novo conceito é mais eficaz na luta contra a doença. A descoberta já está patenteada a nível nacional e foi publicada numa revista internacional de referência na área.

A nova forma de transporte apresenta mais estabilidade na entrega dos agentes terapêuticos. Permite também uma maior facilidade de produção e um nível muito mais baixo de toxicidade para o utente.

Os investigadores confirmaram estes resultados num modelo de peixe-zebra e não registaram efeitos secundários. Com esta inovação, acreditam poder desacelerar a progressão e aliviar os sintomas da doença de Alzheimer.

O próximo passo da investigação ainda está a ser pensado. “Isto é um estudo recente, mas já temos a patente a nível nacional. Agora, precisamos de financiamento para passar à parte internacional”, declara Andreia Gomes, professora e investigadora do Departamento de Biologia da Escola de Ciências. “Eventualmente, também precisamos de um financiamento mais alargado para explorar estas potencialidades todas: outras doenças e outras perspetivas não terapêuticas que tenham interesse comercial ou social”, explica.

A investigação ficou a cargo de Ivo Lopes, Mário Fernandes, Luana Magalhães, Raul Machado, Cláudia Botelho e Andreia Gomes do Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA). Marisa Sárria do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), João Carlos Sousa do Instituto de Investigação em​ Ciências da Vida e Saúde (ICVS) e José Teixeira do Centro de Engenharia Biológica (CEB) também são responsáveis pelo projeto.