Com as novas tecnologias é mais fácil armazenar fotografias digitalmente, num tempo em que o analógico já é considerado peça de coleção. No entanto, a foto em papel continua a ter potencial. É uma máquina de contar e criar histórias – pertinente e atual, mas em vias de extinção.

Os dispositivos móveis, redes sociais e nuvens de armazenamento vieram ajudar à evolução dos tempos, mas também a colocar fora de moda a antiga conceção de álbum de fotografias. Assim sendo, consideramos a evolução proveitosa, ou nem por isso?

Um estudo realizado por uma antiga estudante de Comunicação Social da Universidade de Caxias do Sul, no Brasil, demonstra que a maior parte das pessoas concorda que a fotografia impressa valoriza as lembranças. De entre os 3233 internautas inquiridos, mais de 3000 responderam olhar para o mesmo álbum várias vezes. A fotografia impressa é, de facto, mais sugestiva ao convívio. Criam-se memórias ao relembrar outras tantas. É isso o que significa ter em mão uma foto.

O mesmo estudo revela ainda que uma fatia mais pequena da população imprime as fotografias digitais. E ainda bem. Ao contrário do que acontece com a foto digital, onde o foco é, sempre foi, e cada vez mais é o momento e aquilo que é instantâneo, a impressa significa conexões atemporais, que passam e ficam de gerações a gerações.

Além disso, há outras vantagens e razões por que devemos continuar a preservar a escolha pela foto revelada – mas desta vez, numa noção mais dirigida àqueles que fazem da fotografia profissão. A verdade é que só depois de imprimir uma foto é que nos é realmente possível perceber se os efeitos de luz, enquadramentos e ângulos, transmitem e significam harmonia no seu conjunto.

Conservar pela vida das nossas fotografias, num formato digital, não é o futuro. A razão? Por motivos óbvios, tais como a perda total ou parcial dos ficheiros. Podem surgir problemas como uma avaria no telemóvel, contratempos no cartão de memória ou ainda ficheiros embebidos durante o processo de transferência para uma pen drive ou disco rígido, por exemplo.

Hoje em dia, já temos em mãos várias soluções e formatos diferentes de armazenar e resguardar as fotografias. Começando pelo mais clássico, o álbum analógico, ao que todos já estamos habituados, com as típicas folhas de papel vegetal a separar as páginas; ou o digital, que apareceu no mercado há relativamente pouco tempo. Este último constitui-se como uma boa matriz de preservação, tanto (ou mais) quanto o analógico. A grande diferença é o facto de ser de design personalizável, com aspeto visual e estético mais moderno e contemporâneo.

Além desses, nasceu recentemente a Print Box. Também personalizável, é uma forma original de preservar as recordações em papel e que funciona bem como peça de decoração. A Print Box consiste exatamente numa caixa onde são guardadas as fotografias impressas “soltas” e uma pen drive, por forma a complementar o acessório com ficheiros multimédia, tais como vídeos, essencialmente.

A fotografia em papel tem, efetivamente, um lugar no presente e no futuro. Mas claro, não deixa de estar tudo nas nossas mãos, literalmente.