A produção do Teatro Nacional 21 pretende misturar a narrativa de Virginia Woolf e o documental massacre da cidade de Orlando.
A 4 de dezembro arranca o novo espetáculo produzido pela companhia Teatro Nacional 21, em Guimarães. “Orlando” baseia-se no livro com o mesmo nome de Virgínia Woolf e inspira-se em vários acontecimentos de discriminação contra a comunidade LGBTQIA+.
Na década de Virginia Woolf, em 1920, as questões de género eram pouco faladas e foram ganhando relevância com a escrita da autora. “Orlando” é uma biografia ficcional de um homem que acorda no corpo de uma mulher.
A obra imortalizou-se até hoje, em especial neste espetáculo. A principal mensagem de “Orlando” será transmitir que um homem e uma mulher não têm de ser prisioneiros de um género pré-definido, e muito menos julgados ou odiados por reclamarem liberdade sobre o seu corpo. A partir daqui, recorda-se também o massacre de 12 de junho de 2016, na cidade estadunidense Orlando.
O texto é assinado por Cláudia Lucas Chéu e Albano Jerónimo assume a encenação do espetáculo. Na interpretação estão André Tecedeiro, Aurora Pinho, Cláudia Lucas Chéu, Diego Braga, Eduardo Madeira, Luís Puto, Madalena Massano, Maria Ladeira, Pedro Lacerda, Rita Lacerda, Rita Loureiro e Solange Freitas.
Antes da estreia, no dia 30 de novembro, às 21h00, vai ser apresentado o filme documentário Samanta’s Cocktail Party, um complemento ao espetáculo, numa parceria com o Cineclube de Guimarães Além desta apresentação, os alunos da Universidade do Minho foram envolvidos num conjunto de oficinas com o objetivo de deixar bases para uma reflexão crítica. Dessas oficinas, surgiu um trabalho final que será apresentada nas vésperas do espetáculo, dia 2 de dezembro às 21h30, no Café Concerto do Centro Cultural Vila Flor.