Entidades mostram preocupação face às circunstâncias sociais.
A situação pandémica presente colocou à vista os problemas sociais com que muitas famílias se deparam. Com o agravamento da pandemia, foram muitas as famílias que se viram na necessidade de realizar pedidos de ajuda junto de instituições, apelando sobretudo por apoio a nível alimentar. As instituições alertam para o contínuo crescimento dos números, essencialmente por parte de indivíduos que nunca tinham pedido auxílio anteriormente.
A diretora técnica da Cáritas Arquidiocesana de Braga, Eva Ferreira, declarou, ao Diário do Minho, que a instituição se encontra no limite da capacidade. “Isto começou no início da pandemia, depois estabilizou e agora estamos a ter um aumento muito grande de procura. Já fizemos mais de 7300 atendimentos sociais e os pedidos não param de chegar”, explicou Eva Ferreira. A diretora técnica constatou que os pedidos de ajuda mais frequentes são para pagar a habitação, consequência do aumento das rendas e do fim das moratórias.
O presidente da Junta de São Vítor, Ricardo Silva, em declarações ao Diário do Minho, verificou igualmente as consequências do agravamento da pandemia e o reflexo que a situação trouxe para a vida das famílias mais carenciadas. Ainda que muitos indivíduos tenham o seu emprego, o salário não consegue, por vezes, cobrir todas as despesas mensais. “Notamos que, para quem passa períodos de dificuldade, a situação se tem agravado. Quem ficou desempregado deixou de pagar as contas e nem sempre os orçamentos familiares esticam para fazer face a todas as necessidades”, referiu Ricardo Silva.