Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde garantem que vão ser tomadas medidas para evitar a rutura do serviço.
Nos últimos dias, tem-se registado inúmeras falhas e significativos tempos de espera na linha SNS 24. A linha não consegue dar resposta ao aumento da procura, o que tem levado ao registo de casos de utentes que esperam até sete horas para serem atendidos.
Em declarações ao Observador, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) falam de um “crescimento muito acentuado e brusco na procura da linha” devido ao agravamento dos casos de Covid-19. À SIC, os SPMS adiantam ainda que vão ser adotadas medidas reativas para evitar a rutura do serviço. As medidas passam pela “revisão de alguns algoritmos para elevar a sua eficiência” e por uma “adoção mais alargada de soluções de atendimento automatizado”.
Além disso, vão recorrer à abertura de novos centros de atendimento, de modo a “beneficiar de recursos humanos disponíveis noutras regiões”. Os SPMS confirmam ainda abertura de um novo call-center em Coimbra e a futura abertura de um centro em Beja, com previsão para janeiro.
Da mesma forma, garantem que intensificaram as suas intervenções na quadra natalícia. Não obstante, acreditam que “após o Natal a pressão sobre a linha continue a crescer”, sendo necessária a implementação de medidas de emergência, que consigam garantir a qualidade do serviço.
Apesar de não adiantarem o número de chamadas não atendidas, os SPMS expõem alguns dados significativos relativos à resposta dada pela Linha SNS 24. Assim, afirmam que durante o mês de dezembro, do dia 1 a 25, foram emitidas cerca de 225 mil requisições de testes à Covid-19, das quais 87.857 na última semana e “12.390 só no dia de Natal”. No que diz respeito à emissão de declarações provisórias de isolamento profilático (DPIP), acrescentam que, entre 1 e 25 dezembro, o SNS 24 emitiu 164.184, das quais 64.959 na última semana e “9.584 só no dia de Natal”.