Nuno Carvalho critica a "má conduta da Comissão Eleitoral" e a falta de transparência do processo eleitoral.

Nuno Carvalho apresentou, esta segunda-feira, dia 6 de dezembro, a sua carta de demissão da Comissão Eleitoral. A um dia das eleições para os órgãos sociais da Associação Académica da UMinho, o estudante afirma não se sentir em condições para continuar a “compactuar com más condutas e erros insistentes”.

Na carta de demissão, que foi divulgada ao ComUM, o estudante considera que o processo eleitoral está, desde o primeiro dia, “manifestamente mal conduzido e muito errado”. “Não sou capaz de fazer parte de uma Comissão Eleitoral que é: capaz de fazer leituras deturpadas do que está escrito nos estatutos e de abraçar toda e qualquer alegada ambiguidade “interpretativa” para servir vontades pessoais”, escreveu.

Assim, Nuno Carvalho critica a falta de transparência, de imparcialidade e de rigor do processo. Segundo o aluno, a Comissão Eleitoral (CE) é “incapaz de informar correta e atempadamente os estudantes dos procedimentos eleitorais e incapaz de ajustar os tempos/prazos de forma a permitir a boa preparação e a estabilidade do processo eleitoral”.

Da mesma forma, condena a incapacidade para elaborar atas corretas e transparentes, referindo que a CE é “capaz de omitir, em ata, imensas informações que foram discutidas em reunião pelos seus membros”. O estudante revela ainda que a comissão apenas redige em ata “generalidades sobre os pontos da ordem de trabalho”, tendo “tentado introduzir e fazer alterações ao que se concluiu em reunião de CE”.

Além disso, reprova a falta de capacidade de “organizar debates que sejam bem informados para todos e justos para os concorrentes”. Por outro lado, considera que a metodologia de voto adotada não evita a fraude e a coação, argumentando que a plataforma e-VotUM é “contra o funcionamento do próprio Regimento Interno da CE.”

Por último, Nuno Carvalho admite ter chegado “ao limite”, preferindo “estar fora” de uma Comissão Eleitoral onde existe “má conduta”.