O projeto desenvolvido pela Escola de Engenharia da UMinho planeia integrar energias renováveis em três bairros de Braga.
De acordo com dados revelados por Manuela Almeida, professora do Departamento de Engenharia Civil da Escola de Engenharia da UMinho, entre dois a três milhões de famílias sofrem de pobreza energética em Portugal. Assim, o principal objetivo do projeto ARCAS é militar este problema através da criação de um modelo que visa tornar as habitações sociais sustentáveis e energicamente eficientes.
Em Braga, sendo a cidade um dos parceiros associados, vão ser monitorizados os bairros das Andorinhas, das Enguardas e de Santa Tecla. O plano para os bairros é “tentar propor soluções que reduzam as necessidades energéticas dos edifícios” bem como como da que ainda se vai ter de gastar. A energia vai “ter origem renovável e de preferência produzida no local”. Estão a ser estudadas também, formas viáveis e rentáveis para integrar as energias renováveis à escala do bairro, dado que vários estudos comprovam que aplicá-las “edifício a edifício não é rentável”.
Está previsto o lançamento de uma “plataforma digital” do projeto ARCAS que vai auxiliar os municípios, os projetistas e o setor da construção na reabilitação dos bairros sociais. Em entrevista à RUM, a investigadora, disse ainda que o projeto ARCAS conta, até 2023, com 1,3 milhões de euros do programa Interreg Sudoe/FEDER.
Na investigação, juntam-se à Universidade do Minho cinco parceiros europeus, sendo eles a Fundación de Estudios sobre la Edificación de Asturias, a Universidade do País Baasco, a Universidade LaRochelle e a Plataforma Tecnológica e Inovadora para a Eficiência Ambiental.