Esta iniciativa, instalada num espaço cedido pela Junta de Freguesia de Arca, tem uma duração prevista de 21 meses.

A Câmara Municipal de Ponte de Lima disponibilizou um apoio especializado para crianças e jovens vítimas de violência doméstica. O apoio é garantido pelo projeto RAP (Resposta de Apoio Psicológico), financiado pelo Portugal 2020 – Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (POISE).

Segundo a autarquia, “o concelho passa a dispor de um serviço de apoio psicológico e psicoterapêutico dirigido a crianças e jovens, recorrendo a metodologias de intervenção individual e em grupo baseadas em abordagens especializadas”.

Para o município, a iniciativa trata-se de “uma mais-valia para o público a que se destina, tendo em conta a vulnerabilidade e necessidades específicas das vítimas de violência doméstica”. “O impacto nas crianças e jovens assume uma expressão que requer uma intervenção mais atenta”, declarou.

Em declarações à agência Lusa, a psicóloga do Gabinete de Atendimento à Família (GAF) da região, Mónica Gonçalves, afirmou que a “necessidade estava há muito identificada, mas não existia um serviço organizado e estruturado que, de forma imediata, garantisse o acompanhamento psicológico”. A profissional destacou alguns dados da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género. Entre 2015 e 2019 foram acolhidas nas casas de abrigo e nas respostas de acolhimento de emergência da Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica (RNAVVD) um total de 7414 crianças e jovens.

Além do RAP disponível em Viana do Castelo e Ponte de Lima, o projeto abrange os restantes municípios integrados na Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, da responsabilidade do Centro Social e Paroquial de Vila Praia de Âncora, em Caminha.