Esta é a nona bolsa do ERC para investigadores do Grupo I3B’s da academia minhota.

É da Universidade do Minho uma das quatro galardoadas com bolsas do Conselho Europeu de Investigação (ERC) em Portugal. A investigadora do Instituto de Investigação em Biomateriais, Biodegradáveis e Biomiméticos da Universidade do Minho (I3B’s) e presidente do instituto, Manuela Gomes, recebeu, esta segunda-feira, uma bolsa de 150 mil euros para recriar a estrutura fibrilar dos tecidos humanos, com possíveis aplicações na medicina regenerativa.

O projeto BioCHIPS, que se trata de uma extensão do projeto MagTendon, com o qual Manuela Gomes já ganhou uma bolsa de 2 milhões de euros em 2017, propõe uma plataforma para o fabrico direto de dispositivos que recriam, com grande fidelidade, a estrutura fibrilar e os estímulos biofísicos que caracterizam a matriz extracelular dos tecidos humanos, permitindo obter microtecidos e modelos de tecidos/órgãos com geometrias diversas.

As caraterísticas do BioCHIPS vão permitir produzir tecidos humanos artificiais e oferecer versatilidade e funções até agora não existentes, por exemplo, para o estudo de doenças como o cancro e para a testagem de terapias. O maior objetivo destes modelos de bioimpressão 3D é recriar a complexidade espacial, celular e química dos tecidos e órgãos nativos, imitando as suas principais funções fisiológicas e permitindo testar mais, com maior rapidez e fidelidade e com menor experimentação animal.

O ERC é a entidade mais prestigiada da Europa no que toca o financiamento da investigação. O financiamento pode ser aplicado em questões técnicas, de viabilidade, de direção, de propriedade intelectual, de orçamentação, de discussão comercial, de financiamentos a longo prazo ou de criação de uma empresa.